quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CUECA NA CABEÇA!



por Renato Rodrigues
Mas eu te disse, mas eu te disse!!! Tá bom, não foi preciso nenhuma bola de cristal pra sacar que o Zack Snyder ia fazer o filme com o NOVO uniforme do Superman das revistas. Saca aí a prova:


Repararam no carinha com roupa de captura digital? Será que o Apocalypse vai dar uma enterrada de cuecão no Super?
   Até faz sentido comercialmente pois aproxima o filme das revistas e vice versa, vende bonequinhos e facilita o marketing. Eu continuo achando uma merda mas eu sou um velho falido que não compra mais gibi.

Acima o novo uniforme que o Superman ostentará nos quadrinhos a partir de Setembro quando a DC irá rebootar todo o universo. Diga adeus a zorbinha, Clark!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

MAIS SOBRE "OS VINGADORES"


por Renato Rodrigues
O elenco de "Os Vingadores" tem soltado o verbo na imprensa. Chris Hemsworth (Thor) e Robert Downey Jr. (Homem de Ferro) não ligam para a quantidade de fotos das filmagens que circulam na internet. "Fico feliz que as pessoas não estão dizendo que parece um lixo", disse Downey Jr.

O, até pouco tempo, ilustre desconhecido, Tom Hiddleston (Loki), disse que seu personagem (o grande vilão da aventura) vai encarar cada um dos heróis, sempre de uma maneira diferente. Quando confrontar Tony Stark será na base da inteligência e ironia. Já o com Thor será na porrada mesmo e por aí vai.

Já viu as imagens por aí? Então veja:

Thor e Capitão brigando com possíveis Skrulls (figurantes com trajes de captura de movimneto, o que sugere que os invasores verdões serão digitais)

Mais porrada!


Cara, cadê meu carro?


 Caramba, tá tão difícil ir ao cinema hoje em dia que eu acho que vou abrir uma caderneta de poupança para ver esse filme! "Os Vingadores" será lançado 4 de maio de 2012 e tem direção de Joss Whedon (de Buffy e Firefly).

Mas já imaginaram O QUE ACONTECERIA SE "OS VINGADORES" FOSSE DIRIGIDO PELO TIM BURTON?



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

POR QUE O PILOTO DA MULHER MARAVILHA NÃO DEU CERTO?


por Renato Rodrigues
Assisti ontem o piloto recusado do seriado da Mulher Maravilha já esperando uma bomba pelo alarde que teve na mídia especializada e todas as críticas envolvidas e confesso que foram 40 agradáveis minutos de aventura descompromissada (com as devidas restrições orçamentárias de uma série de TV de médio porte). Só relebrando, a série foi criado por David E. Kelley (de Ally McBealO Desafio e Justiça sem Limites) e negado pelo canal NBC por "não se encaixar" com as outras séries que eles estavam planejando.

A trama (sem revelar nenhum spoiler): Diana Themyscyra é uma empresária que também combate o crime como a MM e isso não é segredo. Ela ainda tem uma terceira identidade (Diana Prince), esta sim secreta, que usa para relaxar e tentar levar uma vida normal. No pouco mostrado não fica bem claro se ela tem mesmo super poderes ou é apenas uma atleta super-treinada/ninja/Xena/Nikita com roupa colorida.

Como era um piloto de série tendemos a relevar os erros e furos a não ser que comprometam demais a trama principal. E a trama (se um dia tiverem a oportunidade de ver) não é nada complexa. Simples e enxuta (até demais para os padrõs rebuscados de hoje) mas nada abaixo de qualquer episódio de Smallville.

Então mais uma vez a pergunta que não quer calar. Por que puxaram ao tapete da série tão cedo?

Só posso conjecturar (ou chutar sem nenhuma noção como sempre) que faltou algum tipo de apelo comercial. A série procura passar uma visão adulta (apesar do tema super-heróico) mas não tem a maturidade nem diálogos bem escritos que se esperam de uma série atual. As ações de Diana não passam impunes, a justiça vive no pé dela por seus atos como vigilante uniformizada (algo que poderia ser muito bem explorado no futuro já que Kelley é o rei das séries de tribunal) mas faltou um ponto de virada forte. A vilã (que parece muito malandra no início) dá um mole danado no final revelando um plano meio bobo.

A Eddie apontou algo fútil mas pertinente: Tem muita mulher bonita, como a protagonista Adrianne Palicki, sua amiga Etta Candy e a vilã Liz Hurley mas os homens estavam fracos de feição. Faltou um "filtro Smallville" para pegar a mulherada. E se você é mulher e não assistia Smallville só para ver o Tom Welling está mentindo!!!

Em resumo, o piloto pecou por mostrar uma série sem um público definido. Não é jovem, não é adulta, não teve efeitos (como o primeiro episódio de Smallville com meteoros, nave caindo e explosões) mas nada que não pudesse ser regravado e melhorado. Para mim a Mulher Maravilha sucumbiu mesmo foi a má vontade, a grande Kryptonita da TV.
PS: E a Adrianne Palicki é muito bôoouoa!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

RAMBO V... Sério?


por Renato Rodrigues
O roteirista Sean Hood tá mais assanhado que barata em galinheiro para produzir "Rambo 5". Ele, inclusive, já entregou um script, que batizou como "Rambo: Last stand", à produtora Millenium Films.
"Encontrei com o senhor Stallone duas vezes no ano passado. Ele me deu um livro, um antigo roteiro. Em 20 páginas, ele escreveu um rascunho para servir de inspiração para o último capítulo da saga Rambo", disse Hood.
Sua intenção é fazer algo mais njo estilo realista do primeiro filme, "Rambo - Programado para matar" de 82.

Sou grande fã do Stallone, principalmente da cine-série Rocky. Tive medo de Rocky 6 mas o Sly mandou muito bem! Já Rambo 4 foi um bom filme de "mata-mata na mata" e só. Não saberia mais o que fazer com esse personagem que já sofre desde o Vietnam todo tipo de decepção (além de tiros, choques e facadas).

Eu preferia ver uma sequência de Stallone Cobra dublado pelo André Filho!!! Isso seria bom!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

MOTOQUEIRO FANTASMA 2 vem aí!


por Renato Rodrigues
Ghost Rider - Spirit of Vengeance, é um "quase reboot" dirigido por Mark Neveldine e Brian Taylor.

Diago "quase" porque é a sequência de Motoqueiro Fantasma, de 2007 mas com algumas diferenças. Será um filme mais "hard" como prometem os produtores. O bom é que Nicolas Cage continua na garupa como Johnny Blaze. A história se passo oito anos após o filme original e envolve o vilão Blackheart. Ghost Rider - Spirit of Vengeance estreará em 17 de fevereiro de 2012.

O filme tem roteiro de David Goyer e foi produzido em 3D.

Veja o trailer abaixo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

THUNDER-FÃ!

por Renato Rodrigues
O novo desenho do Thundercats tá bombando lá fora (e no Torrent) mas não é isso que eu vou mostrar hoje. Lembra de um trailer do You Tube feito por fãs que gerou um monte de boatos sobre o Brad Pitt fazer o Lion?

Pois é, hoje eu vi no Facebook o mesmo trailer mas com as vozes da já clássica dublagem nacional. Não tá profissional, claro, não tinha como separar as trilhas de vozes das músicas de fundo, mas é bacana assim mesmo, dá uma conferida!



Dando o crédito aos mestres da dublagem envolvidos:
Lion: Newton da Matta
Tygra: Francisco Barbosa
Panthro: Francisco José
Jaga: Garcia Neto
Snarf: Élcio Romar
Mumm-Rá: Silvio Navas
Escamoso: André Luiz "Chapéu"

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Crítica: LANTERNA VERDE


No dia mais claro, na noite mais densa. Retirem esse filme da minha presença
por Carlos Tavares
Sou leitor de HQ a muitos anos e sempre gostei dos heróis que quase ninguém gosta. Enquanto todos preferem o Wolverine, eu sempre gostei do Colossus e do Ciclope (morto no terceiro longa para o cinema só porque ele resolveu dar uma mãozinha para o retorno do Superman). Enquanto a maioria preferia o Thor ou o Homem de Ferro, eu sempre preferi o Visão. Na Liga da Justiça não foi diferente. Enquanto todos preferem a trindade divina (Superman-Batman-Mulher Maravilha) eu sou fã incondicional do Lanterna Verde. De todos, mas em especial do Lanterna Hal Jordan.

O filme foi anunciado. Esperei anciosamente pela personificação do herói na tela grande. Esperei com medo, mas como dizem os Lanternas Azuis: “Tudo ficará bem”... Mas não ficou.

Ryan Reynolds ficou bem no papel, afinal o personagem não possui nenhuma personalidade complexa. Mas o filme em si decepcionou. Tem os seus momentos, mas nada que salve o conjunto da obra.


Um amigo me disse uma vez que os filmes não são feitos só para os fãs, mas também para o publico em geral. Eu, fã, particularmente acho ridículo desrespeitar os mesmos fãs que tornaram possível levar o personagem ou o grupo para o cinema. Ridículo e desnecessário. Quem não conhece nada do Lanterna Verde vai gostar do filme como uma diversão pura e simples, agora quem esperava ver a velha luva de boxe e o bom bastão de basebol saindo do anel... Esquece.
Quem sabe que Parallax é uma das nove entidades (no caso a Entidade do Medo)... Esquece!
Quem espera ver toda a história por trás da morte de Abin Sur, que abre caminho para a Guerra das Luzes... Esquece!
Quem conhece a origem do anel amarelo? Esquece.

É melhor esquecer a porra toda pois o assassinato a mitologia do herói é tanta que quase fui recrutado por um anel vermelho da Ódio. Um personagem com tantas histórias ricas (ainda mais atualmente) para serem adaptadas para o cinema e eles conseguem fazer o mais difícil, estragar tudo!! Gostaria de saber o que o Geoff Johns achou desse filme.
Gostaria de saber por que a Marvel respeita seus fãs e acertam em seus filmes e a DC não consegue.
Gostaria que o filme do Lanterna fosse tão bom quanto o Batman do Nolan ou o Superman do Donner.
Gostaria... Gostaria...

Bom chega de reclamar. Se me perguntarem qual é a nota que dou ao filme? Eu direi que foi a mesma que eu dei para Superman IV, Batman Forever, Batman & Robin, Mulher Gato...

Qual a nota? Cara, nem lembro!!!
E que venha o reboot!!!!

Podia melhorar? Quem sabe transformar num musical: O Glee Lantern

domingo, 14 de agosto de 2011

Capitão América, quem diria, é um cara batuta!

por Ricky Nobre

Não é uma tarefa fácil hoje em dia escrever para um personagem como o Capitão América. Criado em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial como propaganda a favor da entrada dos EUA no conflito, seu sucesso inicial foi totalmente estrondoso, decaindo apenas após o fim da guerra, sendo cancelado em 1950. Após uma fracassada tentativa de retorno em 1953, Capitão América só voltou mesmo em 1964, quando os Vingadores encontram seu corpo congelado, trazendo-o definitivamente de volta ao panteão de heróis do universo Marvel.

Tempos ingênuos justificam um super-herói com o inacreditável uniforme do Capitão, que representa muito bem o conceito do personagem. Passada aquela que é por muitos chamada de “a última guerra justa”, a figura do personagem tornou-se óbvia demais enquanto porta voz (e porta socos) de uma ideologia que coloca um único país no papel de “polícia do mundo”. Mesmo assim, ele conseguiu sobreviver nos quadrinhos desde o resurgimento em 64, não apenas à antipatia à política externa dos EUA, mas também a dois longas-metragens absolutamente horrendos.

O que justifica e dá respaldo a uma nova tentativa de trazer o personagem para os cinemas numa superprodução capaz de quebrar a antipatia e conquistar plateias não apenas dentro mas fora de seu país, é o grande plano do estúdio Marvel de reunir os Vingadores no filme-evento em 2012. O clima, porém, era tenso. Após uma fantástica estreia com o filmaço Homem de Ferro, a Marvel apresentou um Incrível Hulk e um Thor bons, porém abaixo das expectativas, além de um Homem de Ferro 2 que foi simplesmente um erro. Os mais atentos às notícias de bastidores sabem dos problemas de produção e de relacionamentos dos artistas com os executivos do estúdio que reduziam salários, trocavam atores, tudo em nome da economia, o que afastou definitivamente o ator Edward Norton de Os Vingadores e do diretor Jon Frevau de Homem de Ferro 3. O que seria do pobre Capitão nesse cenário incerto?

Joe Johnston, diretor de filmes apenas simpáticos como Querida, Encolhi as Crianças, Rocketeer, Jumanji e Jurassic Park 3, acenava a possibilidade de um filme nada mais que... simpático. Isso na melhor das hipóteses, em vista da má receptividade de O Lobisomem, seu filme mais recente. Chris Evans, que brilhou como o Tocha fanfarrão de O Quarteto Fantástico, também não foi bem recebido pelos fãs como um bom nome para interpretar o super soldado. Para completar, o roteiro é da dupla Christopher Markus e Stephen McFeely, cujo crédito mais relevante dos razoavelmente bem adaptados livros da série Crônicas de Nárnia.

Por isso tudo, é uma grande alegria descobrir que todos pareceram dar o melhor de si em Capitão América: O Primeiro Vingador. Para começar, é sem dúvida alguma o melhor filme de Joe Johnston. Ele volta ao clima dos anos 40 já visitado em Rocketeer, porém de posse de um roteiro muito mais interessante. Nele, as mais diversas citações às mais tenras origens dos personagens, como o escudo original (presente apenas nos dois primeiros gibis), o soco em Hitler (mostrado na capa do nº1), a participação nas cine-séries, seu papel na propaganda de guerra, tudo é usado não apenas para deleite dos fãs mais nerds, mas principalmente em benefício da história. Chris Evans interpreta um verdadeiro herói, no mais tradicional sentido defendido por Stan Lee que, apesar de não ter criado o personagem, começou a escrever para ele a partir no nº3. Ele é o oposto do Tocha que o tornou famoso, no que se refere ao ego e à importância que ele dá à força como condição para o heroísmo.

Uma boa adaptação foi a transformação de Bucky (um sidekick adolescente meio “Robin”) em um adulto que sempre protegeu Steve Rodgers quando este era franzino e se recusava a correr de uma briga. É também bastante divertido ver Howard Stark, pai de Tony, como uma das mentes por trás da tecnologia de ponta da época.

Se o roteiro tem um defeito, esse, infelizmente, coube ao vilão. Apesar de belamente interpretado por Hugo Weaving e perfeitamente maquiado pela equipe de efeitos especiais, o Caveira Vermelha não oferece muito em termos de participação na trama, muito menos em originalidade de seus planos. Até seu destino é sem graça e até meio confuso. Fora isso, vale destacar também os efeitos 3D. Embora um filme ambientado na década de 40 não seja esteticamente adequado a efeitos 3D (o 2D nesse caso funciona muito melhor para criar o clima retro), e que esses efeitos não sejam realmente significantes para a história e a narrativa, é preciso admitir que é o melhor 3D convertido feito até agora, ou seja, não filmado com câmeras 3D, mas pós produzido. Muito trabalho, tempo e dinheiro foram colocados para dar efeitos de profundidade bem naturais e constantes durante todo o filme. Ainda assim, ver um filme 3D ainda é usar óculos escuros dentro do cinema, e falta de compensação de luminosidade no projetor deixa muitas cenas, principalmente as noturnas, excessivamente escuras e, em alguns momentos, até impossível de se ver com clareza.

Apesar de não superar, Capitão América chega bem perto de Homem de Ferro no ranking dos filmes do estúdio Marvel. E para completar o espetáculo, é necessário destacar a inteligência de Johnston em chamar o veterano Alan Silvestri para compor a música. Numa época infestada de clones de Hans Zimmer e de um esquema de trabalho estilo “linha de montagem” que varreu as melodias do cinema e deu um som uniforme a qualquer produção, a grande sacada dele não foi apenas contratar Silvestri, mas saber dirigi-lo. O próprio Silvestri realizou um trabalho estéril em G.I.Joe e o veteraníssimo Patrick Doyle parecia um zimmerclone em Thor, mesmo trabalhando com Kenneth Braghnah, seu parceiro em uma dezena de filmes. Aqui, Silvestri entrega uma trilha à moda antiga, par perfeito pra a história e para o personagem. Abaixo, vocês poderão ouvir o tema dos créditos. Podem me chamar de antiquado, mas é ASSIM que se faz.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Harry Potter e o Fim de uma Era

Por Ricky Nobre

Existe algo de bastante original na série cinematográfica Harry Potter. Parte de sua originalidade foi herdada da própria série de livros. Ao amadurecer a história junto com seus personagens e, consequentemente, seu público, J.K. Howling garantiu uma fidelidade canina de seus leitores que aguardaram cada um dos sete livros da série como se fossem escrituras sagradas. Ao iniciar a produção dos filmes no auge do sucesso dos livros e assegurar a presença de todo seu elenco nos oito filmes produzidos, a Warner criou o que é provavelmente a mais bem sucedida (e sem dúvida a mais rentável) série cinematográfica de todos os tempos. Ao vermos o jovem elenco crescendo diante de nossos olhos, temos a mesma sensação de ver os personagens crescendo nos livros. Para os mais jovens, foi crescer junto com eles. Para os fãs mais velhos (e são muitos) foi como ver os primos ou filhos crescendo, aprendendo, ferindo-se, erguendo-se, vivendo.

Harry Potter e As Relíquias da Morte Parte 2 encerra esta série que rendeu mais de 7 bilhões de dólares nos cinemas de todo o mundo, sem contar a monstruosa renda de vendas de DVD e Bluray, direitos para TV e downloads pagos. A ideia de lançar o sétimo e último livro em duas partes foi mais do que acertada para dar conta das substanciais 700 páginas escritas por Rowling. Muitas críticas foram feitas ao primeiro filme, de que era tedioso, longo e nada de relevante acontecia. Mas podiam ser percebidos e bem vindos um foco mais detalhado e atento nos três personagens principais, no clima brilhantemente realista dado pela câmera e uma sensação de real perigo, vinda da inteligência de uma direção que sabia que, para realizar um filme sombrio, não é suficiente reduzir a luz e a paleta de cores. O que muita gente gostou é que esse último filme vai direto ao ponto. E nem poderia deixar de ser. A proposta dele é justamente essa. Os Horcruxes começam a ser localizados e precisam ser destruídos. Valdemort, ressuscitado, inicia seu ataque a Hogwarts. Não tem mais fuga, o couro vai comer.

Um dos aspectos mais interessantes deste último filme foi a oportunidade para Alan Rickman brilhar novamente como Snape. E, mesmo que em microscópicas participações, revemos quase todo o soberbo elenco que brilhou na série, um verdadeiro quem-é-quem da nata das artes dramáticas inglesas.

[DISCRETO SPOILER ADIANTE]

Talvez o filme não tenha sido bem claro em como uma determinada reviravolta da história acontece exatamente (fica uma coisa meio “ahááá! Te enganei”). Porém, o mais brilhante deste último filme foi o tom do final. Não houve uma apoteótica comemoração da vitória. Com tantas baixas, a alegria da vitória tornou-se sutis e exaustos sorrisos, sem alaridos, sem música, quase anticlimático. A verdadeira alegria da vitória ficou no flashfoward do finalzinho. Comemora-se não a derrota do inimigo, mas a felicidade de poder seguir a vida. Nesse sentido, o filme foi de extraordinária e surpreendente maturidade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

DE VOLTA PARA METRÓPOLIS


por Renato Rodrigues
Esse camarada aí no vídeo abaixo fez uma nostálgica viagem às locações dos filme do Superman de 78. Visitou o "Planeta Diário" (dentro e fora) e a represa (que estourou no primeiro filme e que serviu também de cenário para cenas de Transformers) entre outros locais que você logo reconhecerá.



Maior barato essa iniciativa. Duvido que alguém daqui à 30 anos tenha essa trabalheira por alguma franquia de super-herói.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

MULHER GATO RUIM DE RODA

por Renato Rodrigues
Essa semana saíram duas fotos da Mulher Gato, uma delas foi polêmica entre os fãs (que acharam meio chuchu com couve) e que você viu aqui e outra que verá agora (se é que já não não viu em outros sites):


Mas a quente do dia foi a barbeiragem que a dublê da Anne Hathaway fez durante uma cena da fuga dirigindo o batpod. A moça deu um preju atropelando uma das caríssima câmeras IMAX da produção. Pense no esporro que deve ter levado, coitada!

Mostra aí, Datena:



Ação não está faltando nesse Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Serbian Film OU Muito Barulho por Nada


Por Eddie Van Feu

            Proibido em diversos países, inclusive no Brasil, a Serbian Film tem causado polêmica até em rádio AM, onde uma velha questão é novamente levantada: a arte tem o direito de ser livre? Ou deve haver um limite, mesmo para a arte?
            A curiosidade me pegou e, junto com meu espírito rebelde que não admite uma proibição, decidi ver A Serbian Film e contar pra você um pouco mais sobre ele. Porém, antes disso, deixe-me situar você sobre onde eu estou. Afinal, meu ponto de vista é do lugar onde estou e, sabendo onde estou, você poderá se localizar também, podendo imaginar melhor o cenário que vou lhe descrever.



            Eu gosto de filmes de terror. Sempre gostei, desde que pequenininha. É uma necessidade completamente louca de sentir medo, mas eu também gosto de montanha-russa e brinquedos suicidas em parques de diversão. Parques de diversão são, inclusive, meu lugar favorito, desde que tenham muitos gritos e luzes piscando, como em “Garotos Perdidos”. Porém, eu não sou fã de gore, gênero que acabei de saber que tem um nome e que é voltado para todo tipo de sanguinolência e nojentisses explícitas que pode haver. Não gosto do terror-mata-mata, como Jason e Jogos Mortais, embora seja uma fã de Premonição, pela criatividade com que os roteiristas matam as pessoas. Gosto menos ainda do gore. Mas não chego a correr do gore. Se tiver sangue num filme, vejo sem reclamar. Não tenho restrição ao explícito, especialmente porque o que não vejo me assusta muito mais do que o que está escancarado na minha frente.
            Isso posto, vamos ao ponto.
            Com tudo o que eu ouvi sobre A Serbian Film, admito que fiquei com medo, muito medo. De pura curiosidade, eu já tinha visto neste ano o filme Saló, que assumiu o posto de primeiro lugar na minha lista de piores filmes que já vi na vida. E vi pulando cenas, porque era realmente muito ruim. Então, comecei vendo o filme sérvio com a mão no mouse, pronta pra pular cenas chatas, nojentas ou insuportáveis. Depois dos primeiros dez minutos de filme, minha mão relaxou. Eu relaxei. Recostei e passei a acompanhar a história, ao invés de esperar simplesmente que o filme ficasse ruim.

A história

Milo é um ex ator pornô que começa a ver a sombra da fome se aproximando, conforme o dinheiro que ganhou em seus tempos de glória e guardado numa caixa de fita VHS começa a minguar com as despesas com a família. Ele é um cara comum, com uma esposa linda e um filho fofinho, morando numa casa comum, sem maiores luxos, e tem um irmão que é policial corrupto e tem uma tara pela sua esposa. Ou seja, uma família comum! Um dia, Milo recebe a proposta para fazer um último trabalho por uma quantia indecente de dinheiro. Milo obviamente desconfia que uma quantia indecente envolve, geralmente, uma atividade ainda mais indecente, e em se tratando de pornografia, isso pode ser muito preocupante.
A proposta é fazer um filme cujo roteiro ele não saberia. Tudo aconteceria de acordo com suas reações e as instruções seriam lhe passadas por um ponto. Vuckov, o diretor, lhe parece um artista filósofo meio louco que vê a pornografia como uma forma de passar uma mensagem, mas Milo, como eu e você, acha que Vuckov é só um cara meio perturbado com muito dinheiro no bolso.
            As primeiras cenas são bizarras, mas comuns, exceto pela ferramenta de Milo, que doravante passará a ser chamado a partir de agora por esta narradora de Milo-Kowalsky (é sério! O que era aquilo? Prótese? Efeito especial? Computação gráfica? Se fosse 3D eu ia sair correndo e me escondia tremendo em baixo da minha cama!!!!). Porém, uma adolescente é inserida no contexto, não nas cenas de sexo, mas assistindo, e isso incomoda Milo, que é um cara com princípios e se recusa a prosseguir. Ele se demite e anuncia que está oficialmente se aposentando. Vuckov então lhe mostra uma cena de uma de suas produções (não entendi bem porque ele mostrou isso, se era pra fazer o Milo ver que tem coisa muito pior ou se queria simplesmente ver sua reação).  Nessa produção, um recém-nascido é estuprado logo após o parto. Na versão que eu vi, só se ouve o choro e a gente supõe o que está acontecendo, embora minha mente não consiga pintar a cena de jeito nenhum. Milo acha tudo horrível e por se recusar a bater em mulheres ou transar na frente de adolescentes, larga o trabalho e a bolada. Vuckov (que passará a ser chamado por esta narradora a partir de agora de Vuckov Vuco-Vuco) lamenta, mas trata-o com a mesma finesse de sempre e Milo vai embora.
            É aí que a coisa complica. Voltando pra casa, Milo tem umas reações estranhas e acorda em sua própria casa, ferido e ensaguentado, três dias depois, sem a menor memória do que teria acontecido nesses três dias. Ele precisa traçar o caminho de volta para tentar se lembrar do que aconteceu. Sangue nas paredes nos lugares onde ele esteve refrescam sua memória e ele vai descobrindo, aterrorizado, junto com o espectador, igualmente apavorado, todas as coisas que aconteceram nesses três dias.


O filme

O diretor de A Serbian Film disse que era uma crítica à guerra e às atrocidades que o povo sérvio passou. Sinceramente, não vi nada disso. Meu conhecimento sobre a Sérvia é parco, então algo pode ter me escapado. Vi o filme como entretenimento e só. E quer saber? Como filme, simplesmente como filme, eu o achei muito bom.
Apesar da minha inicial pré-disposição em ver esse filme só pra falar que ele era uma porcaria, recuso-me a mentir só pra atender às minhas expectativas iniciais. A trilha sonora é muito boa, a fotografia é bela, os atores são, pasme!, excelentes, e o roteiro é muito bem escrito. O fim surpreende e eu me peguei murmurando um palavrão enquanto os créditos incompreensíveis subiam em sérvio, com a música que parece alguém arranhando uma parede até suas unhas caírem.
Agora, o que me preocupa: eu não fiquei tão chocada quanto achei que ficaria. Será que já vi e ouvi de tudo? Não tive pesadelos, não fiquei impressionada, e já fiquei mais chocada com episódios de Lei & Ordem. Sim, tem muita violência, com cabeças cortadas (na verdade, só uma cabeça cortada), sangue esguichando e tudo o mais, mas qualquer filmeco de terror de quinta categoria tem isso e ninguém liga. O que é, afinal, tão chocante nesse filme?

O sexo

Sim, sexo! Claro que tem sexo! Na verdade, se ele não tivesse uma qualidade tão superior em tudo, seria facilmente um filme pornô, desses com sexo bizarro. Porém, para ser um filme pornô, ele teria que ter menos roteiro e mais sexo.
Mas e as acusações do filme incitar a pedofilia? Bom, eu terminei o filme e continuo sem a menor vontade de comer criancinhas. É uma bobagem dizer isso, e aposto que quem diz que o filme incita a pedofilia não viu o filme e é uma daquelas pessoas que, como a mulher do Flanders, grita no meio da multidão: “E ninguém pensa nas criancinhas????” Dizer que A Serbian Film incita a pedofilia é como dizer que 13 Homens e Uma Júlia Roberts incita as pessoas a roubar cassinos, ou que Assalto ao Banco Central incita as pessoas a roubarem bancos, como já apontou Ricky Nobre. Sinceramente, quem quiser roubar um banco, ou um cassino, ou uma criancinha, vai fazer isso com ou sem filme.

Então, qual é o problema?

O problema de A Serbian Film é sexo. Além de mostrar a jeba do Kowalsky (todo mundo sabe que é terminantemente proibido mostrar nu masculino frontal), mostrar sexo escancarado do jeito que fez é uma ofensa imperdoável. Não foram as cabeças rolando, não foi o sangue nas paredes, não foram os tiros... Foi o SEXO! Se tirassem as cenas de sexo, ele estaria abaixo da média de violência de qualquer filme de ação americano ou filmeco de terror adolescente. Como disse, eu vi a versão para seres humanos normais, não sei como está a versão UNCUT, que não encontrei pra baixar, mas as cenas de sexo e violência em ambas as versões mostram que, como Xuxa e os Duendes, não é um filme para todos os gostos e não deve ser assistido com sua mãe.

Conclusão

Gostei de Serbian Film e não fiquei chocada. Será que sou uma pedra insensível? Se há um acidente, tento contornar e passar o mais longe possível. Se vir um corpo, fico impressionada por dias. Se vejo jornal das oito com  imagens fortes, com animais ou pessoas, preciso tomar banho de poção Coração de Maria pra me acalmar. Por que não me choquei com Serbian Film? Porque é um FILME! A realidade me choca, mas em filmes, eu sei que é tudo seguro, que são efeitos, que ninguém está sendo ferido de fato. No final das contas, é só um filme.

Eu acredito que tudo o que vemos acaba, mesmo sem querer, nos ensinando alguma coisa. Premonição, por exemplo, me ensinou, além de confiar ainda mais na intuição, a prestar muita atenção em tudo, porque pequenas distrações podem levar a uma morte horrível, como ser esmagado por um ônibus ou ser virado do avesso, literalmente, por um sistema de filtro de piscina (!!!). A Serbian Film me ensinou que, de vez em quando, um filme desses tem que aparecer mostrando algo chocante, não para chocar as pessoas, mas para aparecer um imbecil e dizer que isso não pode ser visto. E é nessa hora que repensamos nosso direito à liberdade e decidimos se queremos que alguém decida por nós ou se nós mesmos podemos – e merecemos – fazer nossas escolhas. De vez em quando, essa discussão precisa vir à baila. Pena que só filmes assim conseguem fazer isso. Ele também me ensinou a ler além das cifras num contrato e não fazer um filme de roteiro desconhecido dirigido por um maluco tarado milionário.

PS.: Este filme é desaconselhável a pessoas sensíveis ao sexo.

PS2: Nenhum homem, mulher, criancinha, sérvio ou croata, foi molestado pela jeba do Kowalsky durante a realização dessa matéria.

PS3.: Se você for ver em 3D, cuidado com o olho (especialmente no final).

sábado, 6 de agosto de 2011

TRANSFORMERS – O Lado Oculto da Lua: Retomando o crescimento


Por Eddie Van Feu
O silêncio acerca do novo filme dos Transformers, O Lado Oculto da Lua, me preocupou. Pra começar, eu ainda estava triste com o quarto filme dos Piratas do Caribe, que foi mais fraco que o café da birosca lá perto de casa. E, diferente de Piratas do Caribe, Transformers já começou a decair logo no segundo filme. O primeiro filme dos Transformers é excepcionalmente bom, tanto em efeitos, quanto em roteiro e fidelidade ao desenho original (mesmo os puristas reclamando que Bublebee era um fusquinha amarelo, e não um Camaro maneiro). Foi nota 10! Infelizmente, no segundo filme, o roteiro ficou maluco, a história se arrastou e ele caiu para uma nota sete. Não foi ruim, eu ainda me diverti, mas reconheço que houve uma queda em comparação ao primeiro. O que esperar então desse terceiro filme da série, do qual pouco ou nada se falou?


Já sabíamos o que NÃO esperar: Megan Fox. Depois de umas asneiras que a bela, porém não muito esperta moça falou, ela foi chutada do filme (e provavelmente de toda a indústria onde Spielberg tenha alguma influência, tipo, o Sistema Solar) em plena pré-produção. Por incrível que pareça, este foi o único problema de Transformers III, não pela Megan Fox fazer tanta diferença assim, mas por sua saída ter virado uma emenda mal feita no roteiro que já estava pronto.


Rosie Huntington-Whiteley, que assumiu o posto de gostosa da vez no filme, tem um papel praticamente idêntico, só que sem o carisma da Megan Fox, que podia não ser muito, mas ainda era maior do que o que vimos na tela dessa vez. O relacionamento dela com Sam (Shia LaBeouf, muito bem como sempre) pareceu milagroso demais em todos os sentidos. Afinal, pra pegar a Megan Fox já foi um filme inteiro. Ele já começar pilotando outro avião daqueles beira o impossível.

Primeiro emprego é foda...
Mas, como eu disse, esta foi a única escorregada do filme. O 3D é o melhor que eu já vi desde Avatar e os efeitos são tão impressionantes que tem uma hora que a gente acredita na boa que carros se transformam em robôs gigantes. Chega a ser natural!

Aproveitar todos os personagens também foi fantástico, um perfeito trabalho de casa, desde os pais do Sam até os velhos soldados, respeitando que cada personagem seguiu com sua vida. E o mais legal é que isso não impediu a aparição de personagens novos incrivelmente interessantes, nas peles de Patrick Dempsey, John Malkovich, Frances McDormand e Ken Jeong. A incrível estrutura de comando para assuntos dessa magnitude, envolvendo presidentes, coronéis, agentes, e todo um complexo militar complicado de entender, coloca no chinelo a simplicidade quase ingênua de Thor, Homem de Ferro e O Incrível Hulk, por mais que amemos todos eles.

O humor estava afinadíssimo arrancando gargalhadas do cinema, que quando eu fui, na última semana, em 3D, num horário ingrato, ainda concorrendo com Harry Potter, estava lotado), o que foi ótimo, porque se não houvesse o humor, seria um filme de ação extremamente violento. Pessoas explodem, pegam fogo, cidades inteiras são destruídas e as lutas com os robôs são brutas, com cabeças esmagadas e colunas arrancadas, uma coisa horrível! O sangue não espirra na tela senão teriam que subir a indicação de idade (o filme foi classificado como impróprio para menores de doze anos).

Vi a versão dublada, que também estava impecável, apesar do Guilherme Briggs, que dubla Líder Óptimus, não convencer (não me leve a mal, Guilherme é um excelente dublador para papéis de humor, como o tubarão em Procurando Nemo, mas nunca convence quando o papel é dramático). O cuidado com o filme é percebido nos detalhes, quando um dublador experiente é chamado para dublar uma cena de TV da década de 60, quando as gírias são adaptadas e até palavrões são mantidos. De vez em quando, ouvimos na maior naturalidade:
            – Você demorou!!!
            – Cara! Chegar aqui foi foda!!!!


O roteiro também foi bem fiel ao mesclar a história dos Transformers com o que conhecemos da nossa história, nos levando a motivos e explicações sombrias para a corrida espacial e o acidente de Chernobill. Maneiríssimas as fusões de cenas de antigos presidentes e personalidades (nada que Forrest Gump já não tenha feito, mas legal assim mesmo). E valeu as homenagens, como a Buzz Aldrin, companheiro de Neil Armstrong na missão Apolo 11 e segundo homem a pisar na Lua, e à Leonard Nimoy, que dublou um dos robôs no desenho e volta nessa versão na voz de um personagem importante. Antes, ele é visto na TV numa reprise de Jornada nas Estrelas com uma informação interessante que só faz sentido depois.

Enfim, Transformers foi de 10 para sete e acaba de subir novamente para 10, com mérito. Michael Bay é o homem que não tem medo do exagero. Seus robôs jogam prédios uns nos outros, as perseguições são de tirar o fôlego, com carros sendo jogados pra cima como se fossem cones de plástico, e pessoas sendo explodidas sem remorso. Infelizmente, Michael Bay também não tem medo de matar personagens e neste terceiro filme da série, nos despedimos de alguns personagens importantes pra quem colecionava o álbum de figurinhas dos Transformers nos loucos Anos 80.

Agora, vamos esperar pra ver se haverá uma continuação. Se houver, quem vai continuar dentro e quem vai continuar fora (Megan Fox receberá um perdão do Governador e sairá do Corredor da Morte?). Se o Oscar for sério, Transformers deve concorrer ao Oscar de melhores efeitos especiais. Mas o Oscar não é sério há muito tempo e provavelmente Ano Passado em Katmandu e Simple Jack (no Brasil, “Jack Tatu”) levarão todos os prêmios.

Veja o Autobot designado para cuidar do Rio de Janeiro contra os ataques dos Decepticons traficantes de energon no Morro do Macaco.