quinta-feira, 30 de junho de 2011

RAPIDINHAS

- O SBT vai revelar onde foram parar os famosos "episódios desaparecidos" do "Chaves" na emissora. O misterioso destino desses episódios será revelado no próximo "Festival SBT 30 anos", que vai ao ar neste sábado. A não ser que o Sarney e o governo PT digam que são informações sigilosas e impublicáveis.

- Vem aí (aliás, lá. Lá nos EUA) novos quadrinhos dos Caça-Fantasmas (pela IDW Publishing). Só postei memso para contar que o número 1 terá uma capa alternativa com feixes de prótons e sirenes que brilham no escuro. ISSO É MUITO MANEIRO!!!!

A Marvel já está mexendo seus pauzinhos para desenvolver curtas com personagens menos conhecidos da casa. Nomes como Luke Cage e Dr. Estranho já foram comentados antes, mas não há nenhum confirmado, por enquanto. Uma possibilidade é exibir esses curtas antes dos filmes medalhões da editora ou incluí-los nos DVDs e Blu-rays - opção que já está em andamento nos futuros discos de Thor e Capitão América - O Primeiro Vingador, que conterão dois curtas estrelados pelo agente Coulson (Clark Gregg) da SHIELD.

E falando na Marvel:

quarta-feira, 29 de junho de 2011

100 anos de Bernard Herrmann (ou Como Dei Com a Cara na Porta do Municipal)

por Ricky Nobre


Há cem anos (29 de junho de 1911) nascia Bernard Herrmann. Ele não era o compositor mais bem sucedido de Hollywood do ponto de vista comercial. Apesar de altamente conceituado, não era o favorito dos produtores e, para piorar, suas composições jamais poderiam ser simplificadas para vender discos, pegando carona no sucesso dos filmes. Suas orquestrações eram incomuns, suas melodias, inacabadas, seus padrões de qualidade, rígidos. Apesar disso, os filmes em que participou estão entre os mais bem sucedidos, tanto de público quanto de crítica e, ainda por cima, pasmem, sua composição mais radicalmente inovadora se tornou até toque de celular.

Começando no rádio como orquestrador e diretor musical, lá conheceu Orson Wells que, ao começar sua carreira no cinema, tratou de levar o amigo consigo. Desta forma, Herrmann iniciou sua carreira cinematográfica já com um clássico dos clássicos: Cidadão Kane. A partir daí, Herrmann teve uma carreira surpreendentemente diversificada, compondo para filmes épicos (O Egípcio), aventuras (As Neves do Kilimanjaro), dramas (Jane Eyre), ficção científica (O Dia em que A Terra Parou) fantasia (Jasão e os Argonautas) e até televisão, algo impensável para um profissional já estabelecido no cinema, ao compor para sete episódios de Além da Imaginação.

Mas foi seu encontro com Alfred Hitchcock que eternizou seu trabalho. Nos oito filmes em que colaboraram, Herrmann pode levar seu estilo a um extremo só possível na medida em que ele se encaixava com perfeição na própria obra hitchcockiana. Suas melodias inacabadas (sem a as notas típicas da conclusão melódica, que dão uma inconsciente sensação de “alívio” ao ouvinte) não apenas sublinhavam, mas intensificavam a sensação de ansiedade, suspense e inquietação das cenas. Em Um Corpo que Cai, o tema que amor unia uma série de belíssimos temas que se encadeavam sem jamais se concluírem, enfatizando a tortura e o desespero do personagem de James Stewart em frente a um amor que jamais poderia ser resolvido, enquanto o tema principal se desenvolvia numa estrutura espiralada, repetitiva, enfatizando a sensação de vertigem da qual o personagem sofria e a obcessão mórbida que o consumia.

Mas foi ao realizar Psicose, filme que levou ao ápice a experimentação de Hitchcock no conceito de “cinema puro”, que Herrmann pode se “espalhar” como nunca antes ou depois. Economizando nos diálogos e no orçamento, o filme se baseia quase que inteiramente nos elementos técnicos de fotografia, montagem e música para criar suspense, medo, angústia e pavor. Hitchcock teria chegado a dizer a Herrmann: “O terceiro rolo é seu”, tamanha a confiança que ele tinha em entregar uma sequência de 20 minutos praticamente sem diálogos nas mãos do compositor, que compôs 58 minutos de música, criados exclusivamente para orquestra de cordas. Com a cena do chuveiro, no entanto, Hitchcock resolveu se apoiar exclusivamente na montagem e nos efeitos sonoros, sem música. Herrmann teve que compor e gravar escondido e apresentar o tema pronto para convencer o diretor que era possível que uma composição musical melhorasse a cena idealizada por ele. Ali nascia uma nova era da música do cinema. Assim com Psicose é a gênese de todos os slasher movies, a música do chuveiro foi a primeira composição totalmente atonal composta para cinema e pavimentou toda uma escola de composição cinematográfica de horror nas décadas que se seguiram.

Infelizmente, sérios problemas durante a produção de Marnie, Confissões de uma Ladra e o fracasso comercial do filme abalaram a confiança e a insuspeitavelmente frágil estrutura psicológica de Hitchcock, que sucumbiu às pressões do estúdio e demitiu Herrmann durante as gravações da trilha de Cortina Rasgada. A briga foi séria e Herrmann, magoado, mudou-se para Londres, onde realizou uma série de gravações históricas para o selo London e colaborou com cineastas europeus que o admiravam, principalmente François Truffaut. De volta aos EUA, compôs para novos talentos, como Brian de Palma e Martin Scorcese. Para este, trabalhou em Taxi Driver, seu último filme. Dois dias após concluir as gravações da música, veio a falecer, na noite de Natal de 1975.

Por ocasião de seu centenário e da mostra as obras completas de Hitchcock exibida no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), o Theatro Municipal do Rio de Janeiro programou um evento espetacular: a projeção de Psicose com música executada pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Com ingressos comprados, cheguei ao teatro na noite de sábado, dia 25 de junho, na companhia de minha namorada, para darmos com a cara na porta. Apagado, com portas fechadas e sem nenhum funcionário para dar satisfações, nós e várias pessoas perguntávamos uns aos outros o que estava acontecendo.

Esta era apenas mais um capítulo na crise da OSB, que ainda não fez nenhuma apresentação no Theatro Municipal este ano. Ao procurar a bilheteria do teatro nesta quarta-feira, me surpreendi ao ter meu dinheiro devolvido, não apenas para o evento não realizado, mas também para dois concertos que já havia adquirido para o fim do ano; um que incluía a estreia nacional da suíte de Bernard Herrmann para Um Corpo que Cai em outubro e outro com composições de Nino Rota (compositor de Felini) e Ennio Moricone (maior compositor de cinema italiano) em dezembro.

Ao que tudo indica, a Orquestra Sinfônica Brasileira passará o ano de 2011 em brancas nuvens, isso se conseguir sobreviver. Sim, a OSB, como a conhecemos, está ameaçada de acabar. Detalhes sobre a crise que escandalizou músicos de todo o mundo você verá em breve aqui no blog!

ABERTURA DE PSICOSE (PSYCHO, 1960)



ABERTURA DE UM CORPO QUE CAI (VERTIGO, 1958)


terça-feira, 28 de junho de 2011

COMO HUGH LAURIE CHEGOU AO PAPEL DE HOUSE

por Patrícia Balan
Para quem acha que o mercado americano é inacessível, aí vão as palavras que o inglês Hugh Laurie conseguia dizer em sotaque americano antes de conquistar o papel-título de House. Não imposta se seu vocabulário é vasto ou não, mas a maneira como você apresenta o que você sabe. Hugh Laurie compôs uma canção com o que sabia - e aí está o resultado.



O papel na TV americana foi especialmente importante para Laurie, que ficou proibido de dar as caras na BBC após essa apresentação.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

RAPIDINHA DO EVANESCENCE


por Renato Rodrigues
O Evanescence está finalmente em estúdio gravando um novo álbum. Desde 2006 (The Open Door) que o fãs da gritaria não ouvem nada novo deles. A vocalista Amy Lee promete que as gravações terminam até o fim de junho. Ed Vetri, presidente da gravadora, deu um bizú do que vem por aí:
"Uma coisa que temos aqui na Wind-up Records é paciência. Se não está certo, não vai sair. Se levar um ano ou quatro, vamos gastar o tempo necessário para escrever o disco. [...] Acho que os fãs dela ficarão muito felizes [com o resultado]", disse Vetri.
A banda, que não toca ao vivo desde 2009, inicia uma nova turnê em agosto, no Canadá, e depois marcará presença no Rock in Rio 2011 (dia 2 de outubro).

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O FIM DA ERA RICHARD DONNER

Por Renato Rodrigues
O canal da Warner aqui do Brasil já levou ao ar o episódio final de Smallville, série que contava a juventude de Clark Kent, o Peter Pan de Krypton. E, mesmo sendo motivo de gozação de muitos, ela serviu para manter o interesse pelo Superman ativo para toda uma geração (Foram 10 anos no ar!!! Teve gente que cresceu vendo isso!). Mas sua alardeada última temporada também marcou o FIM de uma prolífera era iniciada em 1978 por Richard Donner e pelos irmãos Salking com Superman – O filme.

Superman realiza o sonho da casa própria. Herdou do pai!

Toda a mitologia iniciada por eles em 78 foi adotada nos outros 5 filmes posteriores (estou contando com Supergirl de 1984 e Superman – O retorno de 2006 nesta matemática). O visual de Krypton e da Fortaleza da Solidão, os uniformes, a trilha sonora mais “super” da história do cinema e o insuperável carisma da figura de Christopher Reeve formaram bases tão sólidas que atravessaram intactas pelos coloridos anos 80, pelos dark anos 90, pelos tecnológicos anos 2000 e chegaram até o episódio final de Smallville tão modernos quanto começaram.

Sobreviveram até a Richard Pryor, Bryan Singer e ao Homem Nuclear!!!

Ainda inspiraram fortemente as séries de TV Superboy (de 1989, também produzida pelos Salking) e a moderna Smallville que se despediu em grande estilo com o herói vestindo a roupa e voando ao som de John Willians (isso não é spoiler, TODOS sabiam que terminaria assim e se não terminasse eu ia xingar muito no twitter!).

Até os quadrinhos se renderam (tardiamente) aos conceitos do diretor. Primeiro quando o chamaram para roteirizar um arco de histórias para a revista Action Comics e depois quando Geoff Johns recontou (mais uma vez) a origem do herói com influência direta nos filmes (incluindo as feições de Chris Reeve).

"Origem Secreta" trouxe a arte de Gary Frank que mandou na lata estampando o Christopher Reeve e outros conceitos tanto dos filmes quanto de Smallville.
Superman – O Retorno de Bryan Singer bebeu da fonte de Richard Donner. Mas bebeu demais, e quem bebe demais faz merda! O filme foi alvo de muitas críticas desde a estreia e a cada ano mais gente aparece para jogar pedras verdes no filme. Como me disse uma vez o Ricky Nobre, “O filme parece que vai piorando um pouco mais a cada vez que a gente assiste!”. E eu concordo com tristeza. O Retorno deu de tudo menos retorno (desculpe!) financeiro para os padrões da Warner que depois de muito blá-blá-blá assumiu que não continuaria o filme (nem com Bryan Singer nem sem Bryan Singer) e oficilializou um reboot da franquia de Superman nos cinemas.

Sensível demais? Com pouca ação? O que matou o filme foi ter CHUPADO o roteiro do Superman I
Agora sim chegamos ao assunto do título. Para o bem ou para o mal, é o fim da era Donner. É a hora de dizer adeus a Krypton de cristal, Marlon Brando como Jor-el, Lex Luthor (a maior mente criminosa de nosso tempo!) e seus planos imobiliários (pelo menos isso será bom!), ao visual da Fortaleza da Solidão e, principalmente, ao tema de John Willians.

Smallville bebeu um pouco nesta fonte (com muito mais moderação do que o filme de 2006) e não faltaram homenagens e citações como a emocionante participação de Christopher Reeve e as presenças de Maggot Kidder, Helen Slater e Terence Stamp (como a voz de Jor-el) encerrando com chave de ouro a era Richard Donner.

A Fortaleza da Solidão de Smallville fez a gente se sentir em casa.
Agora sob a batuta de Zack Snyder (com produção de Christopher Nolan, amém), Man of Stell chegará em 2012 aos cinemas com a responsabilidade de apresentar um NOVO Superman para uma nova platéia. Gente que não quer ver um casal voando pelos céus de Metrópolis ao som de Can you read my mind? e nem ver um repórter tímido tropeçando nos próprios pés pela redação.

A DC já deu uma pista sobre como será o visual do herói ao reformular seu uniforme nos quadrinhos. Não é a cara do padrão que o Zac Snyder usou em Watchmen?
Longa vida ao novo homem de aço! E boa sorte ao nos fazer continuar acreditando que um homem pode voar!

terça-feira, 21 de junho de 2011

20 ANOS DO DISCO MAIS EMBLEMÁTICO DOS ANOS 90


por Renato Rodrigues
É, você está ficando velho! Uma edição de luxo em comemoração aos 20 anos de "Nevermind", do Nirvana, será lançada no dia 19 de setembro deste ano. A caixa terá quatro CDs e um DCD, com faixas inéditas, raridades, lados B, versões alternativas, gravações ao vivo e apresentações na rádio BBC. Já o DVD será de um show da banda que nunca foi lançado.

"Nevermind" vendeu mais de 30 milhões de cópias nas duas últimas décadas desde o seu lançamento. Mas o que será o bebê que estrelou na capa em 91 está fazendo hoje, com 20 anos de idade?



O mesmo que fazia na época... NADA, nada muito!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SUPER HOMENAGEM EM 3D

Renato Rodrigues
Começando a semana bem com essa animação digital que o italiano Francesco Accattatis produziu em tributo ao eterno Homem de Aço do cinema, Christopher Reeve .
Mais uma prova que não haverá reboot capaz de apagar a força do filme de 1978 de Richard Donner.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRAILER DO ÚLTIMO HARRY POTTER

por Renato Rodrigues
Saiu essa semana o trailer de "Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2". Não consegui incorporar na postagem porque não sou médio, mas você pode clicar abaixo e ver no YOÚTUBI.
VEJA AQUI

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 estreia nos cinemas em 15 de julho, em 2-D, 3-D e IMAX.
Eu tô muito por fora das histórias do bruxo inglês então melhor nem falar nada... Não me julgue!


Você leu TODOS os livros e viu TODOS os filmes?


quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

MAMONAS PARA SEMPRE


por Renato Rodrigues
E lá se foram 15 sem os Mamonas Assassinas! Estreia nesta sexta-feira o documentário "Mamonas para sempre", de Cláudio Kahns. E a alegria dos caras que se vestiam de heróis está lá presente:


- É um filme sobre a vida, não sobre a morte. Ele mostra o dia-a-dia dos Mamonas, a vida deles, como eles batalharam para chegarem onde chegaram. Eles vieram de uma periferia industrial como Guarulhos e, de repente, caíram no gosto do Brasil - explicou Kahns para o jornal O Globo.

- Eu não queria falar do acidente, mas da pulsão de vida que eles tinham. O que há no filme sobre o acidente é exatamente que eu não podia deixar de falar. E procurei fazer isso de uma forma bem sutil e bem resumida. Até porque as televisões já tinham explorado muito a tragédia na época. O que interessa aqui é a trajetória deles - disse o diretor.



Eu ainda trabalhava na rádio quando ouvi pela pirmeira vez os Mamonas e confesso que não dei muita bola. Tremenda bobeira que eu marquei! Foi vendo eles na TV, com àquelas roupas engraçadas, e com o carisma inegável que virei fã, como todo mundo virou! Eles encerraram a carreia precocente num momento em que estávamos começando a nossa como um equipe de criação editorial e isso ficou meio marcado pra mim.

Corrigindo o início da postagem, não são "15 sem os Mamonas", são 15 anos COM os Mamonas porque eles continuam sendo sucesso. E continuarão pulando vestidos de Chapolim por muito mais!

terça-feira, 14 de junho de 2011

X-MEN: Heróis de primeira classe

Por Ricky Nobre


O grupo de super heróis X-Men possui uma posição muito especial no seleto panteão de heróis de quadrinhos que chegaram ao cinema. O gênero havia sido terrivelmente maltratado em experiências anteriores. De memorável, o Superman de Richard Donner em 1978 e sua continuação, que só não foi muito melhor por causa da troca de diretores. Depois disso, só em 1989 apareceu o Batman de Tim Burton e sua continuação em 91 que, se hoje parecem difíceis de levar a sério, foram na época um raro e importante passo na direção certa. Entre os dois mega heróis da DC, o excepcional Conan: O Bárbaro de John Milius em 1982, que teve uma horrenda continuação.

Quando um obscuro herói da Marvel se tornou um inesperado sucesso de bilheteria num filme de baixo orçamento em Blade, a Fox finalmente se interessou em tirar do papel o engavetado projeto de transformar X-Men em filme. O grupo já havia angariado toda uma geração de novos fãs não necessariamente leitores de quadrinhos, graças à excelente série animada produzida na década de 90. Assim, o aclamado diretor de Os Suspeitos, Brian Synger deu à luz a X-men (2000), assim como sua excepcional continuação, dando o pontapé inicial para que diversos estúdios trouxessem heróis para as telas. A própria Fox trouxe dois filmes do Quarteto Fantástico e um Demolidor. Sony veio com três do Homem Aranha e um Motoqueiro Fantasma, enquanto a Universal trouxe Hulk. A Warner resolveu finalmente fazer algo decente com Batman e colocou a franquia nas mãos do gênio Christopher Nolan e já tem na agulha um grande filme com o Lanterna Verde. A Marvel virou estúdio e já trouxe de volta Hulk para seu domínio, fez dois filmes do Homem de Ferro, um do Thor e já está para ser lançado Capitão América, com Os Vingadores chegando para reunir todos esses heróis.

Em suma: o que antes era um negócio arriscado e, na melhor das hipóteses, encarado como filme de criança, tornou-se não só um negócio milionário, mas também uma forma de cineastas consagrados contarem grandes histórias.

X-Men continuou sendo um grande negócio. Para o terceiro filme da série, Synger resolveu se afastar pra passar vergonha com Superman Returns, deixando o projeto nas mãos do amigo Brett Retner. Apesar do sucesso de bilheteria, o terceiro X-Men foi duramente criticado e, apesar de problemático e estabanado, é também um tanto subestimado. Não tão ruim, mas bem abaixo das expectativas, foi o X-Men Origins: Wolverine, filme que iniciaria uma série de produções contando as origens de diversos heróis mutantes.

“Mas pra que essa lenga lenga toda?”, pergunta você, já olhando pro relógio. Por dois motivos: um é para situar claramente a importância desses personagens hoje numa Hollywood que passou a ganhar (e, às vezes, perder) muito dinheiro com heróis de quadrinhos. Outro, é para especificar que, embora de qualidades bem oscilantes, os quatro filmes com os mutantes produzidos pela Fox mantinham uma cronologia própria sólida, mesmo que adaptassem de forma, por vezes, bastante livre os eventos e personagens dos quadrinhos (o que, no caso do extremamente complexo universo dos mutantes, é algo rigorosamente inevitável).

Antes que você tenha qualquer dúvida, X-Men: Primeira Classe é exatamente o que o nome diz: um filmaço de primeira categoria, completamente fiel ao espírito dos quadrinhos e à qualidade dos filmes anteriores, especificamente os dois primeiros. Dirigido por Matthew Vaughn, homem que já tinha em seu currículo a adaptação de Stardust de Neil Gaiman e Kick Ass (também sobre o universo de super heróis no mundo real), o filme foi originalmente concebido como X-Men Origins: Magneto. Assim como o de Wolverine, ele se restringiria às origens do personagem, mas acabou se desdobrando num projeto bem mais amplo. Agora ele traz as origens do relacionamento de Xavier e Magneto, muito bem interpretados por James McAvoy e Michael Fassbender, assim como a primeira formação dos jovens heróis mutantes que lutam por uma humanidade que os despreza. Tendo como pano de fundo a paranoica guerra fria, a história se passa no mesmo ano de 1963 em quando foi lançado o primeiro gibi do grupo. O roteiro é bastante competente ao misturar personagens criados em diversas épocas para compor esse primeiro panorama do mundo mutante cinematográfico, assim como a direção é em manter uma fascinante atmosfera de realismo, inclusive ao enfatizar a pouquíssima idade da maioria dos personagens, praticamente todos sem condições à priori de enfrentar os duríssimos e violentos fatos que se desenrolam. Falando nisso, Primeira Classe é um filme incrivelmente violento para sua classificação PG-13 (13 anos) recebida nos EUA, forçando ao limite máximo todas as restritas regras que regem o que faz cada filme para receber determinada classificação etária. Tendo Kick Ass no currículo, imagina-se o quanto o diretor Vaughn teve que se segurar.

O embate de filosofias entre Xavier e Magneto, já muito bem explorado nos filmes anteriores, ganha contornos ainda mais dramáticos e, até certo ponto, fica muito difícil não concordar com Magneto de que a raça humana não merece um pingo de piedade. O elenco é impecável, com destaque a um excelente Kevin Bacon com o todo poderoso Sebastian Shaw do Clube do Inferno e Jennifer Lawrence como a jovem Raven. A produção é impecável, proporcionando não apenas um filme emocionante, mas também uma diversão de altíssima qualidade.

PORÉÉÉÉÉM... o nerd raivoso dentro de nós não deixa de se incomodar com certos fatos, a começar pela própria produtora Lauren Shuler Donner declarando que o filme não era nem um prequel nem um reboot, mas um preboot. Tal neologismo a lá magri deixa clara a escolha feita pelos produtores e pelo diretor: fazer um filme baseado na franquia produzida pela Fox até o momento, mas sem necessariamente respeitar, ou sequer observar, fatos e personagens importantes que constam nesses filmes. Em outras palavras, “que se f...”!

Muita, mas MUITA coisa não se encaixa com os filmes anteriores, o que não seria nada absurdo se fosse um reboot assumido. Porém, o filme já começa com uma recriação quase literal da primeira cena do primeiro filme, onde o jovem Eric manifesta seus poderes num campo de concentração nazista (até a música de Michael Kamen feita para a cena foi reutilizada!). Ou seja, o filme já começa prometendo ser fortemente atrelado à cronologia anterior da franquia, o que se mostra uma mentira ao longo do filme. Analizando com cuidado, percebemos que a maior parte das incongruências se referem a X-Men 3 e Wolverine, filmes que não tiveram envolvimento do diretor Brian Synger. E adivinhem quem voltou como produtor em Primeira Classe??? Pois é, como produtor e co-autor do argumento, Synger parece defender que, se não foi ele que fez, então não aconteceu. Mas ainda existem problemas (ainda que de escala beeem menor) à luz dos dois primeiros X-Men, o que torna a situação mais problemática, pois sequer é possível simplesmente ignorar dois filmes (os dois mais fracos, sejamos francos) para termos uma continuidade coerente.

Além disso, parece bastante desnecessário transformar a geneticista escocesa Moira McTargget em uma americana agente da CIA. Sua função na história, que é ser uma das poucas humanas que fica do lado dos mutantes logo no início e ser fortemente ligada à Xavier, permanece preservada. Mas para mudar tão drasticamente sua atuação prática (nacionalidade e profissão) não seria melhor simplesmente inventar um novo personagem?

Outro grande desperdício foi a total ausência de investimento estético por parte do diretor Matthew Vaughn na ambientação de época. Fotografia, música, tudo no filme ignora que é uma história passada no início dos anos 60. Até direção de arte e figurino fazem apenas o estritamente necessário para a década em questão. É como se o diretor não quisesse que o público percebesse que estava vendo um filme passado há 50 anos.

Apesar dos problemas, muito mais evidentes para espectadores cri cri (como este articulista), o novo X-Men chega para trazer de volta a excelência aos filmes dos mutantes, deixando-os na elite do gênero, junto à nova franquia de Batman. Enquanto não se anuncia a continuação, junte-se aos dilemas de dois grandes amigos e escolha um lado, se for capaz.


NOTA: 9/10

segunda-feira, 13 de junho de 2011

POSTER CLÁSSICO DO CAPITÃO

por Renato Rodrigues
Lembram dos cartazes de Os Goonies, Indiana Jones, De volta para o Futuro e Guerra das Estrelas? Aqueles pintados em estilo realista do período pré-photoshop e pré-Alex Ross? Pois a Marvel acertou na mosca com um cartaz do Capitão América que saiu neste fim de semana. A arte de  Paolo Rivera traz os pricipais personagens do filme bem no estilão Indiana Jones, provavelmente pelas diversas comparações que foram feitas entre estes filme, ambos passados na Grande Guerra.

Clica em cima

A inspiração foi a capa da primeira revista do personagem (1941). Foi uma ótima sacada, ajuda a tornar mais simpática a divulgação (que morre de medo do sentimento anti-americano que varreu o mundo nos últimos anos) e dá esse ar nostálgico fazendo referência tanto aos filmes da geração 80 quanto aos seriados para cinema dos anos 40.

sábado, 11 de junho de 2011

AMERICAN IDOL SEASON 10: Ricky fala!!!

por Ricky Nobre


Pois é, gente. Queria só esclarecer algumas das minhas opiniões sobre essa temporada, já que finalmente terminei de ver.


Creio que o ponto mais polêmico é a Haley. A menina tem uma voz deslumbrante, porém é incapaz de transmitir emoção e não possui rigorosamente nenhum talento criativo. Ela não sente nem pensa no que canta. A única apresentação de alta qualidade dela tinha sido o dueto com Casey. Nesse sentido, aliás, ela é o oposto do Casey, a maior mente criativa que já competiu no American Idol, e sabe lá Deus porque ele é tão perdidamente apaixonado por ela. Uma coisa podemos ter certeza: se Casey produzir o primeiro disco da Haley, vai ser um ARRASO. Só quando o Casey saiu (ele deve ter virado o “coach” dela na surdina) ela começou a se virar sozinha e a mostrar ótimas performances, mas não era sempre. A inédita da Lady Gaga foi a primeira grande apresentação solo dela, apesar das bobagens ditas pelo júri, pois pareceu que ela estava apresentando seu primeiro single, digno de seu potencial. House of Rising Sun e o Led que ela cantou com o pai foram dois momentos excelentes também. Mas ela continuou sendo medíocre em outros momentos, como a constrangedora ausência de rancor e raiva em You Oughta Know, de Alanis, talvez a música mais rancorosa do mundo que a retardada cantou sorrindo.

Lauren não merecia ir pra final, não por não ser uma grande cantora, mas por apenas nos últimos três programas ela ter aprendido a dominar seus nervos. Suas apresentações “café com leite” eram sempre muito melhores do que as que valiam., pois ela estava totalmente relaxada. Já Scotty eu achei genial o programa todo. Sem macaquices ele transmitia carisma, emoção, simpatia, energia e tinha um domínio constante e perfeito do seu vozeirão. De certa forma, mereceu a vitória, se contarmos que James e Casey nunca foram “american idol material”, e cada programa que eles, meus preferidos disparados, conseguiam sobreviver era uma vitória.

Infelizmente, a burrice da produção do programa continua, e o primeiro single do Scotty será uma música insuportável que não tem nada a ver com ele, cortesia do produtor Jimmy Lovine, o mesmo imbecil que disse que James não é “convincente” quando canta metal (justo ele que é um vocalista de metal clássico como há mais de 20 anos não aparecia). Não é a toa que Casey e James se recusavam a seguir seus conselhos idiotas. O primeiro disco de um american idol é sempre produzido pela equipe do programa e é sempre brega e mal feito. O primeiro disco do Adam Lambert é inaudível. Quando ele canta as mesmas músicas no show, é excelente. Já deu pra sentir, né?

O que não deu pra entender meeeeeesmo foi a saída extremamente prematura da Pia. Eu detesto o estilo dela, mas Pia é uma cantora totalmente pronta que vai tornar milionário algum produtor inteligente em questão de meses. Ela é exatamente o que americano gosta e até agora eu não entendi nada.

Paul é outro com carreira garantida. Ele tem tudo que a Haley não tem. Se ela tem uma voz perfeita e não sabe usar, ele tem só um fiapinho de nada de voz e extrai dela rigorosamente tudo que pode. Seu som e sua voz são deliciosos.


Concluindo, é a terceira temporada de American Idol que vejo e disparado a melhor, com excelentes concorrentes.
E o show da final foi ‘’THE BEST AMERICAN IDOL SEASON FINALE SHOW EEEEVEERRR!!!” Ao colocarem os melhores concorrentes da temporada cantando com seus ídolos, temos uma comprovação eloquente do incrível talento dessa garotada, que não fez feio na frente de nenhum deles.