segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CADÊ O KARATÊ, KID?

por Renato Rodrigues
A trama deste remake você conhece de cor: garoto é forçado a se mudar para uma cidade diferente, leva porrada dos valentões e é ajudado por um mentor Mestre em artes marciais.

Só que agora, Daniel-San... aliás, Dree (Jaden Smith, filho do Will Smith) está na China e recebe um help de Jackie Chan.

O roteiro de Chris Murphy e Steven Conrad, que já trabalhou com Smith em À Procura da Felicidade. Harald Zwart, que recentemente dirigiu o segundo Pantera Cor-de-Rosa (hummm...) assina o filme que estreia em 11 de junho de 2010, mas você já confere aqui o trailer.



Eu sempre falo que esses remakes são uma bosta, mas acabo com vontade de ver... aí vejo e descubro que era mesmo uma bosta! Eu sou mesmo um Daniel-San na vida mesmo.

Quer saber. Vou é comprar o Box da trilogia original de preferência dublada.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

TRAILER HOMEM DE FERRO

por Renato Rodrigues
A Marvel vem atropelando a concorrência em 2010: Thor, Homem Aranha 4, Wolverine 2 e primeiro super-herói movido à álcool: Homem de Ferro 2!

Veja abaixo o trailer


Homem de Ferro 2 estreia em 7 de maio de 2010.
Elenco Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Jon Favreau, Mickey Rourke, Sam Rockwell, Samuel L. Jackson e Scarlett Johansson.
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Confira as imagens já divulgados no último mês:

Pra vender bonequinho

Comendo um Machintosh no McDonald´s


Brazil Next Top Model

Viúva Alegre

E o novo cartaz (abaixo) que lembra muito o cartaz do Homem Aranha 3 (aquele com o Peter de costas para o Venon). Só que aí é o Máquina de Combate (das HQs).
Porrada pra quem precisa de porrada à vista!

Homem de Ferro 2 estreia por aqui em 7 de maio de 2010. Relembre aqui a crítica do primeiro filme.

Tadinha da DC Comics... Ficou na lanterninha. Pelo menos a Lanterne é Verde...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SUPERNATURAL DETONANDO A FAZENDA

por Renato Rodrigues

O SBT conseguiu um novo trunfo além do Chaves! A série "Sobrenatural" que passava escondida no canal do "patrão" nas madrugadas de domingo, pulou para o horário nobre, diariamente, e tem dado uma média de oito pontos no Ibope e colocado a emissora à frente da Record.

Na disputa direta com a Global "Viver a Vida", e da Recordal "Bela, a Feia", a mudança fez efeito, com um crescimento de audiência de 110% para a emissora de Silvio Santos.

Ulha! E o reality lixo A Fazenda 2 (que deu dor de cabeça na Globo no início do ano) tem que capinar pra enfrentar o SBT que já registrou empate técnico com a Record ao exibir a segunda temporada das aventuras dos irmãos Winchester.

Aleluia, nem só de novela vive o brasileiro! Ri, Sílvio, ri!!!!

SOBRENATURAL
Segunda temporada, de seg. a sex., às 21h, no SBT;
Quinta temporada, qui., às 22h, na Warner

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O FIM ESTÁ PRÓXIMO

por Ricky Nobre

Em Independence Day, o diretor alemão Roland Emmerich trouxe alienígenas para a Terra que destruíram o planeta em três dias. Em O Dia Depois de Amanhã, ele fez o aquecimento global destruir a Terra em três dias (mesmo que o provável seja em trinta anos). E desta vez, em 2012, explosões solares desestabilizam o núcleo do planeta, o que destrói a Terra em três dias. O que leva um cineasta, ainda que ostensiva e inflexivelmente pipoqueiro, a fazer sempre o mesmo filme? Talvez seja porque o público sempre assista...

Filmes catástrofe são uma fórmula rígida e muito pouco evoluída desde a década de 70, quando Terremoto, O Destino do Poseidon e Inferno na Torre ditaram as regras para as gerações futuras. Década após década, o que melhora são os efeitos especiais, o que, no caso de 2012, são completamente abestalhantes. Fora isso, está tudo lá! A família desfeita que caminha desastrosamente para a reconciliação, os velhinhos boa praça, as crianças, as autoridades, os cientistas, todos fazendo sua parte, morrendo e sobrevivendo com suas frases bregas para nos assegurar duas horas e meia de catástrofe da melhor qualidade.

Não podemos negar, entretanto, que, se o gênero está congelado, não se pode dizer o mesmo do diretor Emmerich. É verdade que, como vimos anteriormente, ele não exatamente procura novos temas para seus filmes e, também, para quem um dia cometeu Godzilla, tudo parece uma melhora. Mas ele mostra maior domínio do ritmo e da ação, tornando a experiência bem mais divertida do que nos filmes anteriores. Não é, entretanto, um filme sério, nem perto disso. Até poderia ter sido, se levarmos em conta a trama central e o nível inédito de catástrofe global absoluta. A questão moral sobre quem merece ser salvo no fim do mundo dava um filme por si só. Emmerich preferiu, porém, transformar cada cidade que afunda ou explode numa imensa montanha russa a la Indiana Jones! O filme torna-se impossível de levar a sério ao nos fazer gargalhar (propositadamente!) em sequências que deveriam nos apavorar completamente. E, com esse golpe de mestre, simplesmente paramos de levar a sério uma série de absurdos que o filme comete, como a manipulação desavergonhada de leis da física, capacidades sobre humanas de direção acrobática e respiração subaquática, celulares que não pegam nem no metrô funcionando perfeitamente num mundo quase todo submerso, e por aí vai...


2012 é uma divertida comédia-catástrofe. Não se levar a sério pode ter destruído o filme ou o salvado de si mesmo, depende do ponto de vista. De certa forma, é mesmo um filme para fãs de Emmerich, pois, se você não liga para coisas como o aquecimento global funcionando todo em três dias, monstruosas naves alienígenas que não tem nem anti-vírus (será que eles usavam Windows?) e não se incomodou com o escrachado revisionismo histórico de O Patriota e 10.000 A.C. , então não vai ter problemas com o que 2012 tem para mostrar. Se você só quer um parque de diversões filmado, e está disposto a pagar o preço absurdo dos ingressos de hoje em dia, vá ao cinema e divirta-se com a imensidão da imagem e do som, porque em vídeo esse filme não vai ter a menor graça!

NOTA: 5/10

terça-feira, 17 de novembro de 2009

DIGA NÃO A PIRATARIA!

por Renato Rodrigues

O diretor Rob Marshall (Chicago) anuncia que já subiu à bordo do quato filme da série Piratas do Caribe. Marshall acrescentou que ele já teve uma ótima reunião com Johnny Depp e que ambos estão ansiosos por trabalhar juntos.


No filme, o Capitão Jack Sparrow (Ele, ele, sempre ele!) parte em busca da mítica Fonte de Juventude - história baseada no livro On Stranger Tides, de Tim Powers. Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides está sendo escrito pelos autores do original, Terry Rossio e Ted Elliot. O filme aporta nas telonas em 2011, antes do fim do mundo!

Na boa, o 1 e 2 foram maneiros mas o 3 foi meio arrastado. Esse Piratas 4 tem que dar uma levatanda na franquia senão vai pra prancha!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

FOTO CLASSE A

Tá ficando maneiro heim! Saiu a primeira foto com o quarteto caracterizado para calar a boca da galera. Eles tão modernos e fiéis ao look da série original, o que é muuuuuito positivo para os fãs (que devem lotar uma van preta e ir assistir ao filme mais maneiro da temporada!)


Eu era um que tava boladão com o elenco! Mesmo o Lian Nesson NÃO me convenceu que teria a marra do Jonh "Hannibal" Smith. Eu, desde que mordi a língua feio criticando a escolha do Coringa Heath Ledger não arrisco muito dar pitacos, então vou confiar nos cabras.
Até agora tá maneiro!
Liam Neeson (Hannibal), Bradley Cooper (Cara de Pau), Sharlto Copley (Murdock), Quinton Jackson (B.A.), Jessica Biel e Patrick Wilson estão no elenco.
Joe Carnahan dirige a partir do roteiro de Brian Bloom e Skip Woods. A estreia está marcada para 11 de junho de 2010.
Agora, cenas inéditas dos bastidores:

sábado, 17 de outubro de 2009

90 ANOS DE UMA PODEROSA VOZ

O Cartoon Network vai exibir a partir deste fim de semana uma homenagem ao ator, dublador e humorista Orlando Drummond, que completa 90 anos.

O vídeo você pode ver abaixo abaixo:



A lista de personagens que o Drumond já pegou é infinita... saca só alguns dos mais famosos:
Scooby-Doo
Popeye
Bionicão
Dr. Kawa (Kawashimo Sensei) no anime Menino Biônico
Lebre Maluca em Alice no País das Maravilhas (primeira dublagem)
Sr. Smee em Peter Pan
Lafayette — Aristogatas
Yogi — Mini-Polegar e Yogi
Balu, o urso — Mogli — O Menino Lobo
João Pequeno — Robin Hood
Hong Kong Fu
Pacato / Gato Guerreiro — He-Man
Assombroso — Gasparzinho, o fantasma espacial
Vingador — Caverna do Dragão
Martin Crane — Frasier
Sargento Garcia — Zorro
Cmte. Eric Lassard (George Gaynes) — Loucademia de Polícia
Alf, o ETeimoso (na série original e na animada)
Gargamel — Smurfs
Sinestro e Desaad — Superamigos
Puro Osso — As terríveis aventuras de Billy e Mandy
Sr. Coelho — A Mansão Foster para Amigos Imaginários
Múmia — Aqua Teen Hunger Force
Odo — Jornada Nas Estrelas: Deep Space Nine
Patolino e Frajola — (nas dublagens antigas)
João Bafo-de-Onça - (nas dublagens antigas)
O Coisa (Quarteto Fantástico nos anos 80)
Max - Casal 20

E se lembrar de mais bota aí nos comentários. Parabéns, Drummond!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DIA TRISTE EM PATÓPOLIS

por Renato Rodrigues
Ivan Saidenberg, um dos mais destacados nomes do quadrinho nacional, faleceu ontem, 30/09 perto de completar 69 anos, vítima de complicações causadas por diabetes e insuficiência arterial.

Seus trabalhos mais conhecidos são nos Estudios Disney da Editora Abril onde criou e desenvolveu - sozinho ou em equipe - personagens como Morcego Vermelho, Zorrinho, Vovô Metralha, Pena Kid, Morcego Verde, Biquinho (sobrinho do Peninha), a Anacozeca (impagável Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca) entre outras criações que ajudram a enriquecer e dar uma cara verde amarelo a Patópolis.

Como chargista, ele também colaborou para O Pasquim de 77 a 82 e participou de vários salões de humor, recebendo o Prêmio Júri Popular do Salão de Humor de Piracicaba, em 1979 entre outras premiações do meio.

Um obrigado a Ivan, mais um desses heróis anônimos nas trincheiras do Quadrinho Nacional cuja obra esteve presente em nossa infância e estará ainda por muito tempo graças as diversas republicações que a Abril lança ainda nas bancas. Eu recomendo o almanaque Disney Big, uma coletânea de 132 páginas com várias histórias de todas as épocas.




terça-feira, 29 de setembro de 2009

ELES ESTÃO DE VOLTA!

E COM CARA (VERDE) NOVA.
por Renato Rodrigues

Se você não nasceu ontem, deve ter assistido a minissérie "V - A Batalha Final" que passou na Rede Globo à noite (bem tarde, aliás. Pra quem estudava de manhã era difícil acompanhar).

Na mini-série, as principais capitais do mundo são invadidas por naves alienígenas e seu líder se apresenta como membro de uma raça pacífica que chegou à Terra para colaborar com os humanos. Eles se mostram bem-intencionados, mas... chega, não vou entregar o ouro assim tão fácil!

Campeã de comentários entre a garotada na Escola no dia seguinte, a série de ficção científica cheia e efeitos especias passou recentemente no canal à cabo TCM e valeu a pena rever cada um dos 10 capítulos da trama de 1983/1984.

Depois refresque a memória clicando aqui

Mas não vá embora ainda que tem mais, a rede ABC dos EUA traz uma nova versão da mini-série e já ganhou um comercial com direito a naves sobrevoando o Rio de Janeiro. Confira aqui no RJ TV:





O novo elenco traz Elizabeth Mitchel (a loira de Lost), Morris Chestnut, Joel Gretsch, Lourdes Benedicto, Logan Huffman, Laura Vandervoort (A Supergirl de Smallville), Morena Baccarin (de Firefly) e Scott Wolf (de O Quinteto).
A estréia acontece nos EUA em 3 de novembro e uns 30 segundos depois vagabundo já deve postar legedado na Internet.

EU QUERO VER ISSO!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

OS CAÇA-FANTASMAS... nos anos 50?

por Renato Rodrigues

E o novo filme dos Caça-Fantasmas, como anda? O diretor Harold Ramis (que faz o Egon Spengler) disse que só falta um bom roteiro pra fechar o negócio.

E acrescentou "Bill Murray disse que quer fazer. Ernie Hudson é certeza. Quase todo mundo disse que volta. Rick Moranis está afastado da indústria há alguns anos. Tudo vai depender da qualidade. Não queremos destruir uma franquia que todos amam com uma sequência ruim".

Enquanto rolam as tentativas de produzir o terceiro Caça-Fantasmas, um fã pirado imaginou como seria o filme se fosse feito em 1954 (ou seja, 30 anos antes do original de 84).

Spooooky...

sábado, 15 de agosto de 2009

IÔÔÔÔ, JOOOOE!!!!

por Eddie Van Feu


G.I Joe estréia e depois de duas horas dentro de um cinema ouvindo gritos e explosões, eu precisava dividir essa experiência com você.

"Não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim...". G.I. Joe é um típico filme "É massa, véio!", expressão que nossos amigos do Site Melhores do Mundo criaram e que resume boa parte dos filmes produzidos para matar, quer dizer, para vender. São duas horas de entretenimento pra quem gosta de explosões, violência e um monte de mentira. Mas também! O filme é baseado no desenho domingueiro dos anos 80/90Comandos em Ação que passava logo depois dos Transformers. Nenhum dos dois tinha grande apreço pelo roteiro, mas ambos contavam com personagens maneiros.

No desenho, uma equipe paramilitar altamente mega super tenta deter os igualmente mega super ultra Cobras, um grupo terrorista que queria dominar o mundo, geralmente através de um plano que não fazia muito sentido. Um longa do desenho foi feito, explicando a origem do mega vilão Cobra, e eu lembro que era bom. Não lembro de mais nada...

No desenho tinha um monte de gente! Veja se você encontra o Wally!

No filme, os personagens são respeitados e podemos rever com alegria alguns dos nossos amigos e até conhecer um pouco de seu passado (e entender como chegaram a isso). No desenhos, combatíamos ao lado de Duke, Lady Jane, Bazooka, Dusty, Scarlett, Flint, Gung-Ho, Espírito, Hawk, Wild Bill, Law, Beach Head, Falcão, Roadblock, Leatherneck, Cutter, Snake Eyes, Footloose, Sparks, Quick Kick, Deep Six, Mutt, Sargento Slaughter, Heavy Metal, Jinx, Mercenário, Short Fuze, Zap. Também aparecem: Ace, Airborne, Airtight, Alpine, Barbeque, Big Lob, Blowtorch, Breaker, Chukles, Clutch, Dial Tone, Doc, Flash, Frostbite, Grunt, Iceberg, Lifeline, Lift Ticket, Recondo, Red Dog, Rip Cord, Rock n´Roll, Slipstream, Stalker, Steeler, Taurus, Thunder, Stoolboth, Torpedo, Tripwire e Tunnel Rat. Do lado dos vilões, tínhamos o maluco do Cobra e os guerreiros de sua organização, Destro, Baronesa, Serpentor, Dr. Mindbender, Major Bludd, Ripper, Tomax, Copperhead, Buzzer, Scrap Iron, Caveira, Monkeywrench, Storm Shadow, Pythona, Xamot, Zandar, Firefly, Wild Wiesel, Golobulus, Zarana, Nemesis Enforcer, Thrasher.


Tinha menos gente no filme, mas não tinha paraquedas caindo de avião explodido.

Antes que você sequer pense que isso saiu da minha memória, vou acabar com suas ilusões e dizer que catei as informações de um bom site sobre o tema, o InfanTV, que merece a visita de um bom fã. Lá você encontra também a lista de dubladores originais e da versão brasileira.

Voltando ao filme, o roteiro é bem amarrado e muito menos simplista do que eu poderia esperar de um filme baseado num desenho baseado numa propaganda baseada num brinquedo. Os pontos de virada convencem, os flashbacks explicam, os efeitos visuais confundem, mas divertem. Na verdade, a gente tem sensação de ficar naqueles brinquedos de parque de diversão que rodam e sacodem e você fica vendo todas aquelas luzes piscando achando o maior barato. E é o maior barato. Pelos primeiros 15 minutos. Depois de duas horas, você só que que aquilo acabe, pois você está tonto e acha que o cachorro-quente que comeu antes começou a latir.

A Baronesa me inspirou a aumentar a intensidade na academia. E confirmou que as mulheres de cabelo preto são sempre muito más!

O elenco tem boas surpresas, como o Adewale Akinnuoye-Agbaje (Adebise em Oz, um dos vilões em A Múmia 2 e um dos perdidos de Lost que enfrentou o Lostzila) e as belas e maravilhosas Sienna Miller e Rachel Nichols (Baronesa e Scarlett, respectivamente), que vendem muito bem o seu peixe. O pecado ficou por conta da escolha do Duke, que deveria ser o militar durão de meia idade e virou um soldado insosso na pele de Channing Tatum, que estava excepcionalmente ruim no filme. A gente ainda aproveita pra curtir aparições especiais como Brendon Fraser e Arnold Vosloo, de A Múmia, fazendo um mimo para o diretor do mesmo.

Bom, é isso aí! É maneiro! É legal! É confuso! É cansativo! É massa, véio! A

P.S.1: Ah, eu não poderia terminar essa matéria sem protestar sobre a falta da música tema do desenho que não tocou nem dos créditos. Renato não me deixaria dormir se eu não registrasse isso. Pra você não ficar triste, taí a abertura pra matar as saudades de um tempo em que um grupo terrorista era só um bando de personagens de desenho animado que nunca conseguia o que queria.

P.S.2: Faltou homens bonitos nesse filme... Acho que eles não acreditaram que alguma mulher ia vê-lo... Mas deveriam ao menos ter alguma consideração com os gays!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VOCÊ É UM MÉDICO OU UM RATO?

Essa notícia é de quadrinhos mas tem tudo a ver com TV e Cinema. Afinal reúne o Mickey e o House no mesmo balaio. Já está nas bancas Mickey # 803, da Editora Abril, trazendo Dr. Mouse uma sátira da série House (claro). Este número traz os primeiros dois capítulos (são quatro ao todo).

Na HQ escrita por Fausto Vitaliano, com desenhos de Alessandro Perina e ainda inédita fora da Itália, Mickey, Pateta, Minnie, Clarabela e Horácio interpretam os principais personagens da equipe médica.


Eu já comprei e devorei a minha, tá muito divertida! Me lembrou as inspiradas versões da MAD.

No próximo mês, Mickey # 804 trará as duas últimas partes de Dr. Mouse. Ambos os gibis têm 48 páginas e preço tá na manteiga: Apenas R$ 2,95.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pra ver na TV à Cabo - HOMEM ARANHA 3

Obs:. Revirando algumas matérias antigas que não entraram no site reformulado me deparei com matéria do último filme do Aracnídeo. Já viu? Não viu? Vale a dica pra alugar na locadora:

por Luciana Werneck

Depois do sucesso dos dois filmes anteriores do Homem-Aranha, chega as telas o esperado terceiro filme deste simpático herói. Desta vez, Peter Parker não precisa enfrentar um mega vilão, agora são três e poderosos. Já deu pra perceber que o que não falta é ação, efeitos especiais e muita pancadaria. Para quem gosta de cenas de boa luta, este filme é diversão garantida! A única ressalva é que, por serem três vilões, o potencial deles não foi explorado tanto quanto mereciam, afinal o filme é curto e o espaço limitado, mas valeu pela inovação.
É possível que os mais críticos tenham reservas quanto a este filme, isso porque desta vez o roteiro não foi tão bem cuidado. A história é boa, os personagem foram respeitados, mas alguns detalhes do enredo parecem feitos as pressas como final de novela que termina antes do prazo previsto, sem o cuidado merecido. Esta costuma ser a falha de vários filmes de heróis quando se prioriza extremamente a ação. Mas não se assuste, estas falhas atrapalham, mas não chegam a estragar o filme.
Homem-Aranha 3 é divertido e o bom humor característico da trilogia e do personagem garantem boas risadas. Ele valeu o valor do ingresso na época, especialmente para ver o lado mau do Peter Parker. É hilariante!

E pra não dizerem que a matéria é velha, aqui vão cenas INÉDITAS!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

TRANSFORMERS 2

MAIS RÁPIDOS QUE OS OLHOS PODEM VER
Por Eddie Van Feu



Quando vi o trailler do primeiro filme dos Transformers, fiquei intrigada. O trailler era bom, mas sabe como é trailler, né? Qualquer porcaria parece boa! É que nem foto de hambúrguer em restaurante fast food. Mas fiquei intrigada porque eu gostava de Transformers, gostava dos brinquedos e tudo, eu tinha até o álbum de figurinhas! Mas o desenho não tinha história nenhuma! É sério! O roteiro era sofrível, as frases se repetiam o tempo todo e nem cenário tinha. Eles sempre lutavam no deserto ou na neve, pra não dar trabalho e fazer uma animação mais legal. Tudo bem! Era domingo, eu era uma pessoa pouco exigente e podia me permitir um prazer culpado de vez em quando (nota: prazer culpado é quando você gosta de uma coisa que sabe que é ruim, mas gosta assim mesmo).

Pra relembrar o primeiro filme, um clipe com o tema do desenho atualizado.


Tinha outro agravante que meu cérebro apagou antes de eu ver o filme. Era dirigido pelo Michael Bay. O Michael Bay culpado por Armageddon e Pearl Harbor, duas belas porcarias de alto orçamento. Mas não teria feito diferença. Transformers I é bom pra caramba!!! Saí do cinema depois de três horas que nem vi passar, feliz de ver a alma do desenho dos anos 80 embalada num roteiro amarradinho, numa produção bem cuidada e atuações muito boas. Será que o Michael Bay estava possuído??? Não, senhores, era o Senhor Spielberg que quando se mete a fazer alguma coisa, faz direito.
Depois de ver o filme cinco vezes no DVD Especial (que tem uns extras do caramba!), vi o trailler do segundo filme. Fiquei empolgada, porém também fiquei com medo. Muito medo. É tão fácil quebrar uma coisa boa! É só lembrar de Matrix! Os dois filmes seguintes anularam o primeiro. Highlander 2 matou a franquia. E quando o primeiro filme é muito bom, o segundo não pode ser mais ou menos. Tem que ser bom pra caramba!



Bom, se você curtiu o primeiro, pode ir tranqüilo para o segundo. Transformers – A Vingança dos Derrotados é bom pra caramba! Tem pequenas falhas que poderiam ter sido concertadas por um olhar mais atento. Novos personagens robóticos na trama acabam confundindo um pouco e tirando a atenção dos que a gente já conhecia (e são meio coloridos demais, mas deve facilitar a venda de brinquedos). Há pouca interação dos Autobots entre si, especialmente nos momentos de crise. Em contrapartida, há muita interação entre os Decepticons. Reconhecemos o bom e velho Starscream do desenho, um vira-folha filho da mãe que só ataca pelas costas.

Taí o trailler que não me deixa mentir!


Entre os humanos, a troca de cenário foi boa e os ajustes do que aconteceu no primeiro filme para que todos pudessem retomar uma vida quase normal foi eficiente, rápido e convincente. Os novos personagens são interessantes e os antigos não deixam a bola cair. A música está excelente e dá vontade de sair correndo pra salvar o mundo.
A principal falha é a falta de pausa. Não dá pra respirar, não dá pra ir ao banheiro sem perder uma seqüência inteira de destruição em massa e, em certos momentos, você já esqueceu porque eles estão brigando e começa a se perguntar quem é quem. É muito robô! E os bichos são brutos!



O humor está lá, em certos momentos quase histérico, meio estilo anime, mas não atrapalha. O relacionamento entre os personagens, humanos e robôs, fica claro e as cenas emotivas convencem, mesmo quando tem tudo explodindo a sua volta. Foi legal ver os pais de Sam terem uma participação importante, ao invés de serem excluídos como se tivessem ido para outra dimensão, como na maioria dos filmes para jovens.
E aí está o negócio. É um filme para jovens. No cinema, hoje, na estréia, só tinha gente com mais de 25. Pode ser o horário, o preço (o ingresso para o Transformers estava especialmente mais caro sem maiores explicações), mas acabei vendo uma platéia que curtiu e vibrou pela nostalgia do desenho lá de trás.
Mas como Hollywood não dá ponto sem nó, manteve as mulheres maravilhosas para segurar a atenção dos garotos. Não se espera muito que as meninas vejam o filme, mas Shia le Buff é tão carismático que mesmo não sendo o modelo esperado para capturar as meninas, captura todo mundo.

No final, saímos meio cansados do filme. Se você se deixar envolver, vai sentir que correu por vários dias, com robôs gigantes mau humorados derrubando tudo pra te pegar. Só depois você consegue parar de correr na sua cabeça e curtir a amizade, a lealdade, a coragem e o trabalho em equipe que é mostrado o tempo todo.



De vez em quando, alguém toma uma decisão errada. Parece o certo, mas o coração diz o contrário. Num filme de robôs gigantes, baseado num desenho animado sem roteiro, que por sua vez foi baseado em um brinquedo sem história, encontrar decisões tomadas com o coração é mais do que eu poderia esperar... Mas, como já sabemos desde os anos 80, alguns de nós são mais do que os olhos podem ver...

Olha o que os fãs fazem!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

RESIDENT EVIL – DEGENERATION

Somente para fãs degenerados
Patricia Balan
Resident Evil é um jogo de tremendo sucesso no mundo todo, porém este sucesso triplicou com o lançamento de Resident Evil 4. Os gráficos, além de assustadores, são belíssimos e a história por trás do jogo não deixa a desejar. Ora, não é à toa que Resident Evil deu origem a três filmes para o cinema, não é?
Pois é justamente esta a lembrança que a Capcom – os produtores do jogo – prefeririam que eu omitisse. Degeneration é mais uma das animações feitas de captação de movimentos no estilo de Beowulf e O Expresso Polar. Esta decisão foi tomada justamente para que Degeneration não fosse confundido com a trilogia que já passou no cinema e não empolgou muito os fãs da série.
Degeneration, no entanto, é para fãs de carteirinha. A animação é quase a mesma que os jogadores vêem nos clipes do jogo quando passam de fase. Porém isso não deve assustar o público que não conhece o jogo. Na verdade, Degeneration não deve assustar ninguém. O terror não é o mote desta animação. Os movimentos de câmera frenéticos, que nos fazem ver os inimigos de muito mais perto do que gostaríamos, não estão tão presentes neste longa. O que realmente está presente é a trama por trás dos jogos de Resident Evil, e isso é o que deve assustar o público. Não é à toa que Degeneration foi direto para as locadoras. É preciso fazer o dever de casa e rever a trama por trás de todos os jogos, principalmente Resident Evil 2. Isso fica claro nos primeiros minutos de exibição.
Para quem joga, no entanto, é bem divertido. Confesso que fiquei balançando um controle de Wii imaginário em todas as cenas de ação. Deu muita vontade de consultar o mapa para ver aonde o personagem iria depois e também senti alguma ansiedade para salvar o filme para não brigar com os mesmos inimigos outra vez. Mas não dá. No DVD, Leon Scott Kennedy está por sua própria conta. O frustrante é perceber que ele se vira muito melhor sem a gente.

Welcome, Strangeah... (Bem-vindo, Estranho)
Para quem não conhece nadinha de Resident Evil, o jogo, e mesmo assim vai se aventurar nesta animação, eu tenho algo aqui no meu casaco que pode te interessar.

A história do vírus
O início: Nas montanhas Arklay uma equipe denominada S.T.A.R.S. vai investigar uma série de assassinatos que sugerem canibalismo. No decorrer do jogo descobrimos que os assassinatos estão sendo cometidos por nada mais, nada menos que ZUMBIS. Ao contrário do que muitos podem pensar, estes comedores de carne humana não são resultado das ações de um feiticeiro vudu hiperativo, mas de um conglomerado farmacêutico chamado Umbrella Corporation. Esta corporação está fazendo testes ilegais na população para estudar o vírus T, ou T-virus em inglês. Este vírus é extremamente contagioso, infectando também os animais da região. O laboratório da Umbrella está localizado dentro da mansão onde o jogo se passa. A recompensa do jogador ao zerar o jogo é transformar a mansão em uma belíssima bola de fogo apagando este vírus miserável da face da Terra. Final feliz. Mas o jogo vendeu para dedéu... Aí ficou difícil manter os zumbis mortos e quietinhos.

Leon (acima) está mais bonitinho no jogo.

Leon e Claire
A estréia: Os sobreviventes da Equipe S.T.A.R.S. voltam para casa, Raccoon City, e contam o sufoco que passaram. Todo mundo acha que eles estão muito doidos e culparam alguma plantação de “tabaco” ilegal em Arklay. Só que os ratinhos das montanhas Arklay resolvem passar as férias em Raccoon City. Como os animais também foram infectados, qualquer um que é mordido nos meses seguintes tem uma morte dolorosa e passageira. Os mortos saem do cemitério direto o centro de Raccoon City. Assim, o T-vírus se espalha mais uma vez.
É neste jogo que conhecemos os heróis de Degeneration. Claire Redfield vai para Raccoon City procurar seu irmão, Chris – membro do time S.T.A.R.S. e sobrevivente do terror em Arklay. Chris é o protagonista de Resident Evil 5, então todos sabemos que ele está muito bem. Em Raccoon City Claire enfrenta os zumbis junto a Leon Scott Kennedy, um policial novato – aliás, este é o seu primeiro dia no emprego! A pior coisa que aconteceu na vida desse sujeito foi ter passado nesse concurso.

Claire agora é ativista na ONG Terra Save. Ela e Leon são os únicos personagens do jogo a aparecerem neste longa.

Os dois passam o jogo todo correndo dessa gente fedorenta. Para piorar, a nova população de Raccoon City ainda conta com um bichão medonho infectado pelo G-Virus. Este bichão não é ninguém menos que William Birkin, cientista maluco contratado pela Umbrella e criador do T-Virus e do novo G-Virus. William estava trabalhando em sua nova “obra de arte” (o vírus G) quando a Umbrella resolveu queimar os arquivos, devido aos incidentes em Arklay. William consegue salvar duas amostras do vírus G. Uma, ele coloca em um pingente e dá de presente para sua filhinha (!). A outra ele injeta em si mesmo e vira o bichão supracitado.
Raccoon City foi totalmente tomada pelo vírus e o governo decidiu que o único jeito era riscar a cidade do mapa. Um míssil nuclear faz o serviço completo. A cidade vai pelos ares assim como as provas contra Umbrella.

O Vírus como Arma Biológica
As amostras do T-Virus e do G-Virus voltam para as mãos da corporação farmacêutica que as criou. Essa história é contada em mais de DEZ jogos que esta série gerou (REvil 1,2,3,4, Umbrella Chronicles, Biohazard...).
Sete anos se passam entre o primeiro Resident Evil e Degeneration. Na época em que Degeneration acontece Umbrella já perdeu cientistas e funcionários demais para continuar resistindo às investigações e a seus competidores. Uma corporação monstro caiu e morreu – mas em Resident Evil isso não significa nada.
Outras corporações estão de olho no legado de Umbrella, imaginando o que significaria para elas ter posse deste vírus na mão esquerda e da vacina na mão direita.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Filme do "ELO PERDIDO" direto pra DVD

por Renato Rodrigues

Nem Will Ferrel salvou a bilheteria de A Terra Perdida (Land of The Lost), o filme baseado da série setentista Elo Perdido.

Depois do resultado morno nas bilheterias dos EUA, onde não chegou nem na metade dos 100 milhões que custou, os distribuidores optaram por lançar aqui no Brasil (outra terra perdida) direto pras locadoras e mesmo assim lá por fim do ano.

Também, na boa, a série podia nem ser lá essas coisas (Eu gostava, mas era ruim...), mas o trailer já mostrava que não tinha nada a ver com nada. O filme traz um fracassado cientista (Will Ferrell), desacreditado publicamente, que embarca em uma expedição a uma terra perdida que prova todas as suas insanas teorias.

Cadê a família da série original? Mas pelo menos tem os sinistros Sleztaks...

Abaixo o trailer pra você conferir. Divertido... MAS NÂO É A MAMÃE!
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O SUPER HERÓI AMERICANO - Acredite ou não... ele pode pode voltar!

por Renato Rodrigues


Stephen J. Cannell (criador e produtor da série) deu esperanças de um sim. Cannel declarou que tanto já escreveu o roteiro, como contratou um diretor. Os atores da série original devem participar com papéis importantes e espero que retomem de onde a série parou, seria melhor do que ver um novo Ralph Hinkley. Não sabe do que estamos falando? Você nasceu ontem? Leia a matéria abaixo e relembre.

A SÉRIE
Muito antes de Mulder e Scully andarem por aí atrás de discos voadores, um certo professor já tinha feito contatos (prá lá de terceiro grau) com seres de outro planeta. Esse professor era Ralph Hinkley (Willian Katt), O SUPER HERÓI AMERICANO, seriado esquecido em alguma prateleira empoeirada do SBT, que divertiu uma pá de fãs por três temporadas com sua proposta leve e despretensiosa.

ABERTURA PRA REFRESCAR A MEMÓRIA


Felizmente cada cavaleiro tem o escudeiro que merece e o inepto herói tinha como mentor e parceiro Bill Maxwell (Robert Culp), agente do FBI (Como gostava de se identificar quando esfregava sua insígnia na cara de todo mundo!), que personificava justamente o seu inverso. Era temperamental, cínico e adorava bancar o tira “durão”. As constantes discussões éticas sobre o uso de tais poderes além de divertirem o espectador mostravam os dois ou mais pontos de vista de cada situação.Se Ralph era a cautela e Bill a impetuosidade, Pam Davidson (Connie Selleca) representava o bom senso, contrastando com a absurda idéia de se lutar contra o crime por aí com roupas apertadas e dando de cara com paredes. Como Bill, ela também sabia usar o sarcasmo a seu favor. Namorada de Ralph e depois sua esposa, Pam completava o trio mantendo-o coeso e enchendo de charme cada capítulo da série.Veja abaixo a abertura:
SUPER HERÓI AMERICANO era mais que um simples “seriado de super herói”. Posso arriscar dizer, sem o acompanhamento do Hino Americano, que Ralph, ajudado por seus inseparáveis parceiros, representava um misto de triunfo da natureza humana sobre o inesperado e uma teimosia quase insana em acertar a cada derrocada. Ele, assim como o Coiote do Papa-léguas, vivia para cair, sacudir a poeira e dar a volta por cima (literalmente) enquanto tentava aprender a usar todos aqueles fantásticos super poderes.
Forcei a barra? Talvez, mas é um bom ideal de vida, não é não?

Ralph era um professor e tanto. Mas o salário, ó!...



Curiosidades curiosas:
- “The Greatest American Hero” foi ao ar nos EUA em três temporadas 1981/83, com um total de 45 episódios. Aqui passo no SBT (na época TVS). Sua dublagem, feita pelo saudoso Marcelo Gastaldi, é lembrada até hoje.


- O tema Believe It or Not”(Composto por Mike Post e cantado por Stephen Geyer) alcançou o segundo lugar na preferência musical em 1981. Além disso o seriado era recheado de sucessos da música pop.

- Stephen J. Cannel, criador da série, é também um Midas entre os produtores de seriados nos States. O camarada é responsável por Esquadrão Classe-A, O Homem da Máfia, Anjos da Lei, O Renegado e mais uns trocentos outros seriados.

- Em 86 foi gravado um piloto para uma continuação da série, chamado “THE GREATEST AMERICAN HEROINE”, onde a identidade de Ralph era exposta ao público, obrigando-o a passar a super-roupa e a responsabilidade para uma jovem chamada Holley Hathaway. Bill ajudaria a moça a combater o crime como fizera com Ralph. O piloto não chegou a emplacar um série, mas está presente no Box dos DVDs americanos e faz parte da cronologia da série.

- Willian Katt fez participação especial na série Heroes.

- Visite o curioso site
http://www.tgah.com/ que traz web-episódios da série aparentemente filmado por fãs.

- Pra terminar, um clipe que vale a pena ver:


segunda-feira, 22 de junho de 2009

O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO não salva nem a si mesmo.


Quando James Cameron, forjado no calor da batalha dos filmes B de Roger Corman, realizou seu primeiro longa metragem, ele provavelmente não imaginava que estava criando um dos maiores ícones do cinema de ficção científica, por mais que seu enorme ego sugira o contrário. Em 1984, com apenas 6 milhões de dólares, Cameron escreveu e dirigiu O Exterminador do Futuro, um absoluto triunfo em todas suas facetas, sejam técnicas ou artísticas. Sete anos mais tarde, veio a continuação, onde Cameron expandiu enormemente a abrangência de seu universo, não apenas com um orçamento nada menos do que 15 vezes maior que o anterior, mas principalmente com um rico roteiro que transformou esses dois filmes numa peça mítica. Se o primeiro filme mostrava a transição de uma simples e tola garçonete na mãe que forjou o salvador da humanidade, o segundo mostrava como seu filho passou de delinqüente juvenil ao herói lendário. Mais doze anos se passaram até que a terceira parte fosse produzida, sem nenhuma participação do criador original. Rendeu rios de dinheiro apesar das pesadas críticas dos fãs, mesmo que Cameron tenha dado seu aval à produção depois de pronta. Nela, o fim do mundo se mostra inevitável e John Connor finalmente aceita seu papel de líder da resistência contra as máquinas.


Então uma quarta parte foi anunciada. A primeira sem o grande astro Arnold Schwarzenegger, no momento bastante atarefado governando a Califórnia. Como assim um filme do Exterminador sem o exterminador?? Bom, os filmes nunca foram sobre o exterminador. Foram sobre Sarah, John e Reese. Sobre as pessoas comuns que se tornaram heróis. Terminator: Salvation seria, finalmente, um filme sobre John Connor liderando a resistência. Sobre a guerra que tanto os homens quanto as máquinas tentaram evitar nos filmes anteriores. Sobre como Connor conheceu aquele garoto, mais novo que ele, que deveria ser seu pai, e sobre a força que ele tirava dos conselhos que a mãe gravou em fita cassete quase 35 anos antes.

Não tinha como dar errado.

Mas todos sabemos como projetos maravilhosos podem se transformar em tragédias. Basta escolher o diretor errado, o roteiristas errados e somá-los a um estúdio cheio de más intenções. McG, diretor de videoclipes que ganhou fama com os dois filmes das Panteras, não soava como um nome sério o suficiente para um projeto desse porte. Já os roteiristas John Brancato e Michael Ferris eram uma incógnita. Num extremo, o roteiro do excelente Vidas em Jogo, de David Fincher. No outro, Mulher Gato, filme que dispensa comentários. No meio, o roteiro do próprio Exterminador 3, que tinha defeitos mas era bastante razoável. Qualquer coisa poderia sair dali, portanto. Quanto às intenções do estúdio... bom, é só ver o filme em seus piores momentos.



Inicialmente algo que não deveria ser um problema, é preciso, entretanto, destacar logo de cara a censura do filme. É o primeiro da série com classificação PG-13 (13 anos), enquanto três filmes anteriores foram R (17 anos). Isso amplia o público do filme nos cinemas, nessa época de intensa pirataria virtual. Mas a verdadeira intenção de baixar a censura do filme parece ter sido, simplesmente, a venda de brinquedos. Terminator: Salvation é infestado das mais variadas formas de exterminadores e alguns são veículos quase infantis como o moto-terminator. Quando aparece o “transforminator”, um robô gigante pegando a onda do sucesso infanto-juvenil de Michael Bay, já fica claro que nada mais sério seria possível esperar do filme.

Ok, vamos voltar ao que interessa: os personagens. Christian Bale assume o papel que foi de Nick Stahl no filme anterior, onde interpretou um Connor totalmente equivocado, sendo, sem dúvida, o pior erro do terceiro filme. Desta vez, Bale aposta no que faltou no protagonista anterior: intensidade. Mas tanta, tanta intensidade, que erra a mão e John Connor parece apenas um cara que fica nervoso o tempo todo. Não é só culpa dele. O roteiro não aposta em seu personagem principal. Suas cenas parecem soltas, limitadas ao extremamente essencial para a progressão da história. Pelo menos metade do tempo é dividido com Marcus Wright (Sam Worthington), um assassino condenado em 2003 que acorda no futuro devastado sem ter idéia do que está acontecendo. Conforme conhecemos os reais fatos, percebemos que é um filme com dois protagonistas e a relação forjada entre eles é uma citação muito bem sacada aos filmes anteriores. Diversos outros elementos da história são muito bem pensados, detalhes que parecem furos são explicados de forma muito convincente nos momentos certos, mostrando que Salvation tem, de fato, uma história muito boa. O roteiro, porém é muito mal executado e, afogado no mar de apelações comerciais já citadas, fica ainda mais frágil. Roteiristas e diretor mostram sua reverência aos filmes originais com diálogos, imagens e músicas, com resultados que vão desde o banal até um momento específico que é capaz de fazer qualquer fã dar cambalhotas de alegria no cinema.



Infelizmente, nenhuma de suas qualidades é suficiente para suprir os verdadeiros furos do roteiro ou compensar a pseudo intensidade emocional do filme. Diversos episódios do excelente seriado The Sarah Connor Chronicles dão um banho nesse filme milionário que, apesar de ótimas cenas de ação e efeitos especiais sublimes, não consegue tocar a profundidade dos diálogos e interpretações de, por exemplo, Thomas Dekker, o John Connor de 15 anos perfeito revelado pela série.

Terminator: Salvation é uma história com excelente potencial que se tornou filme frágil, apelativo, barulhento e ralo. McG não possui o menor preparo para lidar com os aspectos dramáticos de um filme que parece mais interessado em vender brinquedos. Não chega a ser inassistível, porque a ação é bastante divertida e a produção é impecável. Mas está longe de ser um herdeiro digno das obras primas de James Cameron.

Nota: 2/5
Terminator: Salvation
Diretor: McG
Roteiristas: John Brancato e Michael Ferris
Com: Chistian Bale, Sam Worthington, Bryce Dallas Howard, Helena Bonham Carter

domingo, 21 de junho de 2009

TIME DE OURO FAZ “HOMEM DE FERRO”

por Patrícia Balan


O primeiro filme dos estúdios Marvel já veio com uma boa notícia: os estúdios Marvel!!! Agora os sonhados crossovers, interação entre personagens de filmes diferentes, já é um sonho muito mais próximo. Infelizmente não há como saber qual a possibilidade de interação com personagens tão adorados como os X-men e o amado amigo da vizinhança. Fox e Sony não são estúdios considerados fáceis de se lidar.

Depois de muitos acidentes de percurso, “Homem de Ferro” não poderia ter aterrizado em melhores mãos. Tom Cruise, que sempre foi um fã confesso do herói, estava com as garras em cima do personagem mas caiu fora por não concordar com a maneira como o projeto estava sendo desenvolvido. Se ele tinha idéias inovadoras para o “Homem de Ferro” da mesma maneira que inovou “Missão Impossível”, nós fãs escapamos de boa. Homem de Ferro é inovador sim, mas em nenhum momento perdeu sua identidade. Mesmo com as reviravoltas doidas dos roteiros de quadrinhos a trajetória de Tony Stark está muito reconhecível.

O filme começa com uma pequena viagem de negócios tendo conseqüências desastrosas. Tony Stark está promovendo seu mais recente produto para “apavorar os caras maus”. Até este momento no filme Tony Stark é o homem dos sonhos de George Bush, mas isto está prestes a mudar. Logo o “mercador da morte” provará um pouco de seu próprio remédio. O cenário da origem do Homem de Ferro mudou do Vietnã para o Afeganistão. Mesmo com este contexto o filme passa longe da crítica política. Ela só está lá para quem está disposto a vê-la – como um bom e velho roteiro Marvel.


O filme tem suas explosões, efeitos e brigas, mas o roteiro é muito interessante com uma narrativa não linear. A Marvel não teve tanto medo de perder o público infantil quanto teve respeito pelos fãs adultos do personagem. Tudo bem, pode ser dito que este foi um filme também para os pais dos espectadores, mas esse papo já está velho! Os fãs quarentões de quadrinhos não precisam mais se esconder de vergonha. Está na cara que nós estávamos certos quando torturávamos o jornaleiro até o exemplar chegar na banca. Nossas histórias tão queridas sobreviveram dez, vinte, trinta anos... Estávamos certos!!

Certo também estava Jon Favreau – o ator que fez Franklin Nelson em Demolidor – ao passar para trás das câmeras e escolher Robert Downey Jr. como Tony Stark. Com Downey no barco foi bem mais fácil conseguir Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges e Terrence Howard. Preste atenção nestes nomes: todo mundo aí tem indicações ao Oscar ou já tem um em casa. Hollywood já aprendeu que não adianta nada escalar um ator “parecido” com o personagem. Deixe os bons atores trabalharem e eles vão se transformar exatamente no que precisam ser.

Um bom roteiro, coadjuvantes excelentes – até o próprio Favreau fazendo pontinha como o motorista Happy Hogan – foram importantes para o sucesso do filme, mas seria injusto não dar o destaque devido a Robert Downey Jr. Ele deve ter enchido suas falas de “cacos” como todo bom ator e mesmo assim Tony Stark está todo lá – mais simpático, mais jovial, mais irresponsável e mais genial ainda do que sempre foi.

Mesmo com toda genialidade do personagem o filme humaniza um pouco mais Tony Stark mostrando que ele não poderia prever todas as conseqüências de ter uma armadura como aquela em casa. Justamente por isso a armadura do Homem de Ferro em sua versão final aparece pouco. Essa é uma reclamação justa dos fãs, pois a armadura ficou muito legal mesmo! Mas tenha um pouco de paciência porque os momentos que vão das primeiras experiências até a versão final da armadura são verdadeiras pérolas. Tudo bem, pode ser que falte Homem de Ferro, mas Tony Stark está muito presente.

Não há menção sobre ele ser alcoólatra, não há desenvolvimento do fato de ele ter crescido sob a sombra do pai e não conhecemos muito sobre Tony enquanto ele concordava em gênero, número e grau com tudo o que Obediah Stane (vulgo Monge de Ferro) decidia em sua empresa. Mesmo assim essa profundidade do personagem fica implícita. A explicação para isso é justamente Robert Downey Jr.


Ele foi muito generoso com seu personagem e fez muito mais do que trabalhar o corpo até ficar “enxuto”.
Ele faz doações preciosas: seu próprio passado auto-destrutivo, as experiências das quais ele não se orgulha muito e a alma de rebelde. Estes elementos estão por baixo da interpretação, nas entrelinhas.
Só mesmo um excelente ator para fazer isso tudo transparecer por sua pele lindamente – em ouro e vermelho!

Ps. Assim como um Ps. em uma matéria, alguns filmes ainda têm algo a dizer depois dos créditos, tá gente!? NÃO QUE OS CRÉDITOS NÃO MEREÇAM ATENÇÃO! Aqueles nomezinhos vão aparecer em outros filmes garantindo a qualidade do seu entretenimento. Você podia pelo menos dar uma olhada neles. Os que ficarem serão recompensados.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

SPEED RACER brilha (até demais)

por Ricky Nobre



É Speed Racer é um filme sem público. É preciso ter assistido ao desenho no Capitão Aza aos três anos de idade para conseguir apreciar as reais qualidades do filme, mas esses mesmos fãs poderão não tolerar seus principais defeitos. Assim, cada um encontrará dentro de si como esses pesos se equilibram. Para todo o resto do mundo... é um filme MUITO estranho.

O primeiro trabalho pós-Matrix dos irmãos Wachowski (V de Vingança foi só escrito e produzido por eles) vem com aquele aval que um estúdio só dá pra quem rendeu verdadeiras fortunas. Do mesmo jeito que a New Line deu carta branca artística e financeira para Peter Jackson fazer qualquer coisa que lhe desse na telha depois da mina de ouro chamada Senhor dos Anéis (e daí saiu King Kong), Speed Racer é fruto desta confiança cega da Warner nos irmãos. A apreciação dos dois por animes já era totalmente evidente em Matrix, seja pela coreografia estilizada das lutas, seja pela própria produção da série animada Animatrix, onde cinco dos sete episódios eram japoneses. Apesar da grande decepção que Matrix se tornou com as continuações, ter um dos mais icônicos animes adaptado por eles, não seria má idéia. Muito se especulou sobre qual o caminho tomado, até que saiu o primeiro trailer. Muita gente já começava a quicar.

O filme, na verdade, surpreende. Numa decisão incrivelmente enriquecedora para o filme, os Wachowski não emburreceram a narrativa, muito pelo contrário. Ela é sofisticada ao ponto de pôr em risco a conquista do público infantil, que pode ter sérios problemas em seguir a constante não-linearidade na qual a história transcorre, com constantes flashbacks entrecortados, flash-fowards e até cenas simultâneas entre presente e passado. Uma grata surpresa que nos faz lembrar o talento que os diretores apresentavam no início da carreira.

O roteiro equilibra muito bem o simplismo necessário a uma história de Speed Racer, com uma elaboração bastante razoável da trama, com algumas boas surpresas. O investimento emocional na jornada dos personagens dá profundidade e credibilidade a uma história que se passa toda numa realidade absurda, onde corridas de carros são quase espetáculos de luta livre. O elenco perfeito ajuda muito a tornar esse investimento um sucesso, pois os personagens estão perfeitamente adaptados (Gorducho é simplesmente impagável). O elo mais fraco é justamente Speed, não porque o jovem Emile Hirsh esteja mal, mas todos os outros estão bem demais. Todos falam como as vozes (americanas, claro) do desenho, sem caricaturizar ao ponto de arruinar o texto, trazendo ainda mais charme em sua contribuição para a absoluta estilização do filme.



Então o filme é um absoluto sucesso!! Err... não. Um único aspecto é capaz de levar o filme por água abaixo, dependendo do quanto te irrite. As corridas são um desastre. É uma enxurrada tão absurda e desproporcional de luzes, cores e movimento, nas imagens mais indutoras de epilepsia já criadas! Tudo brilha como uma superfície metálica, ou até mesmo plástica, e texturas estão ausentes até mesmo das pistas. Nenhum carro parece andar em linha reta, deslizando constantemente de lado, no que na cabeça maluca dos animadores (tudo ali é digital) deveriam ser derrapagens. Não que os indizíveis absurdos das corridas sejam ruins em si, pois, do contrário, não seria fiel ao desenho, mas espera-se, pelo menos, que as pistas pareçam pistas e que os carros andem pra frente. Salva-se, com louvor, o rali, que atravessa desertos e montanhas, evocando com perfeição as grandes corridas do desenho. A presença do Mach 6 na última corrida também vai desagradar os mais conservadores, além da overdose high tech onipresente, num amálgama, sem sempre bem sucedido, com visual retrô.
Se as corridas em pista incomodam tanto, o final do filme acaba sendo um grande anti-clímax, quando todos os defeitos decidem se reunir numa única seqüência para caçoar do público pagante. Numa tentativa de se aproximar do público jovem que não via o desenho há 40 anos, os Wachowski acabaram transformando as corridas num grande videogame tão insípido quanto ultrapassado (nem os games de hoje parecem tão falsos). Por outro lado, esse público que não cresceu amando o desenho deve acabar achando todo o conjunto uma imensa bobagem.



No filme, Speed Racer tem a cara dos Wachowski, para bem e para mal, com todas as boas e más surpresas às quais eles já nos acostumaram. Se você é fã, encha seu coraçãozinho de amor e vá ver, que tem MUITA coisa boa ali. Se não for, é melhor ir ver Homem de Ferro.

NOTA: 3/5

Ricky Nobre brincava de Speed Racer com seus carrinhos de ferro e notou perturbadora semelhança entre seus brinquedos e os carros em GCI...

Ficha Técnica: Speed Racer
EUA, 2008, 135 min
Direção e Roteiro: Andy Wachowski & Larry Wachowski
Elenco: Emile Hirsch, Susan Sarandon, John Goodman, Christina Ricci, Matthew Fox.

TROPA DE ELITE TAMBÉM JÁ PEGOU VOCÊ



A Tropa de Elite do Alcatéia escreveu sobre o filme mais comentado de 2007. Relembre as matérias.

Crítica Eddie Van Feu

Crítica Ricky Nobre

Crítica Patrícia Balan

TROPA DE ELITE - Vai pra casa, Padilha!

por Patricia Balan



A crítica da Eddie Van Feu foi um bocado irritante. Ela tem a vantagem de não dormir e não parar. Ela sempre escreve o que eu quero escrever antes de mim!
Então vamos ver o que sobrou prá mim. Ela já falou da fotografia do filme... do roteiro do filme... Ah, mas não basta que uma loba só fale! O filme é muito BOM. O filme é bonito, sim – e muito bem dirigido. José Padilha ainda está sendo chamado de “extrema direita”, de glorificar a violência policial. Eu detesto ficar falando frase feita, mas: Vai pra casa, Padilha! Não tem como discutir com jornalistas que estão apavorados achando que o povo vai querer o regime militar de volta.
Honestamente... O que a mídia achou que iria acontecer? O povo está SEM VOZ NENHUMA! A mídia não enfrenta ninguém! As novelas estão cada vez mais burras, os humoristas estão cada vez mais politicamente corretos. Ficar fazendo piadas sobre sexo e pum não faz de ninguém um contestador – você é só mal educado. Quem tem poder de comunicação faz questão de tratar matérias profundas com superficialidade e matérias superficiais com profundidade.

Mas o Padilha... O que é que o Padilha tinha na cabeça? Se ferrou! Se ferrou de todos os lados. Porque é que ele não continuou com o discurso batido sobre as vítimas da sociedade?! Por que é que ele não apontou o dedo para a sociedade em geral, para o poder em geral, para o sistema EM GERAL para não apontar coisa nenhuma?! Mas o Padilha... O Padilha não tem juízo. Ele foi fazer um filme bom, honesto com os princípios da arte. Um roteiro bom, honesto com os princípios do roteiro. Pegou atores bons e fez uma preparação séria com atores que já eram bons!!! O Padilha não tem jeito! Se ferrou! O filme foi pirateado antes que a crítica e as distribuidoras pudessem falar qualquer coisa. Qualquer marketing enganoso ou correto foi por água abaixo porque o povo todo já aprovou! O filme está causando uma febre sem precedentes! Eu não me lembro de Rambo, Guerra nas Estrelas, ou qualquer final de novela que fosse tão popular. O Padilha deu voz a quem já estava de acordo com a Lei do Silêncio. Milhões de dólares investidos em um filme genuinamente BOM e o Padilha não vai ver nem metade do lucro que este filme já está dando. Coitado do Padilha... Mas, também, ele ESTAVA PEDINDO PARA SER ROUBADO! Igualzinho ao Luciano Huck. Quem manda fazer um filme bom e honesto sobre o Rio de Janeiro? Estava pedindo para ser roubado! Qualquer coisa linda de morrer e de qualidade acaba sendo arrancada de você nesta cidade. Esta é a lição que ficou para mim.

Oito entre cada dez pessoas que eu chamo para ver o filme comigo dizem: “Já vi! Estou com o filme lá em casa.” Chama o Nascimento!!! Pombas! Isso a Eddie já falou, mas eu vou falar também! Que tiro no próprio pé que o brasileiro deu! Ver esse filme trancado em casa com uma cópia inacabada é compactuar com a Lei do Silêncio. É como o policial corrupto que te olha com desdém perguntando se você tem provas. “O filme é um sucesso mesmo? Cadê as estatísticas? Filme pirata não entra em estatísticas, meu filho. Até onde se pode ver o filme não tem nada de especial...”

Mesmo que o filme seja um tremendo sucesso de bilheteria, como está prometendo ser, ninguém vai saber o quanto poderia ter sido melhor. Isso já foi dito milhares de vezes, até mesmo pelo José Padilha. A única coisa que eu posso dizer é... VAI PAGAR UM INGRESSO DE CINEMA, SEU ANIMAL!!! CONTRAVENTOR MISERÁVEL! TU TÁ DEVENDO UM INGRESSO PRO CINEMA NACIONAL, SEU FILHO DE UMA @¨%&$¨$(&%)*¨&!!!!!! TU PENSA QUE EU NÃO SEI QUE VOCÊ É DESONESTO, CONIVENTE COM TRAFICANTE, SEU IMBECIL!!! DESISTE DE FICAR NA MOITA E VAI PRO CINEMA!!! VAI PRO CINEMA, SEMENTINHA DO MAL!! Pega o saco aí, Eddie!

Chama o Nascimento!



Nana, playboy, que o Bope vai pegar
o foguete foi pro saco e o
Nascimento vai chegar...


A verdade é que a gente quer o Nascimento para os outros, e não para a gente. A violência policial já está sendo vista como resposta por muitos programas de AM e programas de televisão. Tanta gente já fala que tem que prender e matar e torturar. De qualquer maneira foi bom ver, depois de muito tempo, o medo dos bandidos com nome e sobrenome. Roberto Nascimento, figura fictícia que agora faz parte de todos nós. Quem sabe com esse nome acontece algum “nascimento” de inconformismo e a conivência morre.

Eu vivo com medo. Tenho medo do meu chefe, do meu governo, do meu gerente de banco, DO ASSALTANTE, do meu vizinho que eu não sei quem é... Foi bom para mim conhecer, ou pelo menos imaginar, qual seja o medo dessa gente que me dá medo. “Olha, seu traficante, pára de vender drogas aqui na escola senão vou chamar o Nascimento, viu? A polícia normal não vem, mas ele vem. Olha ele lá na esquina!”

o Nascimento não vem coisa nenhuma, mas vale a pena sonhar. O filme é uma boa fábula neste sentido.

Então, chama o Wagner Moura!
A escolha dos atores foi fantástica. Nada melhor do que escolher um ator que a gente viu crescer para interpretar o anjinho do Neto. Foi perfeito escalar um ator talentoso e desconhecido para viver o André Mathias, um sujeito que está desesperadamente tentando não ser reconhecido. Só que existe outro culpado para o sucesso deste filme. Com a devida admiração ao Caio Junqueira e André Ramiro, o Wagner Moura é show. Quando é que a gente ia acreditar que um capitão do Bope ia ter aquela cara bonitinha e ainda iria meter medo nos outros? O Wagner Moura mesmo não pode subir o morro para enfrentar os caras porque as mulheres iriam pular no pescoço dele muito antes! Desculpe, Seu Wagner. Com todo respeito. Seu talento é impressionante. Eu quase esqueci que o senhor é uma gracinha. Mas eu já vi o filme três vezes e, quando é assim, a gente nota certos detalhes.

Legal mesmo é descobrir que o cara que deu vida ao pavoroso Nascimento é um baiano tão sem pressa que tem um Fusca 68! Ele nem pode vender o carro porque deve respeito aos mais velhos. O carro é mais velho que ele! Não é a primeira vez que Wagner Moura faz com que o público se apaixone pelo vilão. Ele marcou presença ainda no sistema de roteiros sem sentido e repetitivos. Quando colocaram um roteiro de verdade na mão do sujeito ele arrebentou. Com mais alguns anos ele descobre que o Passat já foi fabricado e chega no estúdio mais rápido.

O bacana é que, para se livrar da pele do Capitão Nascimento, Wagner Moura está querendo fazer uma peça de Shakespeare. Ele vai ser Hamlet! Ora, bolas. Ele quer se livrar do Capitão Nascimento encarnando um sujeito depressivo que se veste de preto e que faz discursos com caveiras nas mãos?! Ô, Seu Wagner, pensa de novo. Eu já não consigo lembrar da peça do jeito que lembrava antes...

Gertrude: Meu bom Hamlet, tira estas cores noturnas e deixa que teus olhos te façam olhar como um amigo à Dinamarca. Bem sabes que é comum...
Hamlet: Mãe, meu uniforme é PRETO. E tu, Claudius! És moleque! És safado e corrupto! Mataste meu pai, não é, seu safado??!!! Olha-me nos olhos! Perdeste, dinamarquês incestuoso, assassino, maldito!! Perdeste!

Essa versão de Hamlet vai ser curtinha...