por Eddie Van Feu
A décima temporada de American Idol tinha um desafio nunca enfrentado antes. Sobreviver sem Simon Cowell. Depois de muitas especulações, o programa de calouros mais bem sucedido da história e que já vinha perdendo fôlego nos últimos anos, apresenta sua nova bancada de jurados com escolhas inusitadas. Randy fica (também, ir pra onde?), sai Karla Diocaro (que era inútil mesmo), Elen Degeneris (que só entrou porque era amiga do Simon) e entram Jennifer Lopes, a poderosa, e Steven Tyler, o poderoso. Com o júri na mesa, só nos restava conferir o resultado.
Os dois primeiros episódios dessa temporada foram sofríveis. Sem ritmo, sem timing, sem graça e sem talento. Chegamos a pensar aqui em casa se tinha acabado a safra de bons cantores para o programa. Porém, no terceiro episódio, finalmente acharam o pé e acertaram o passo. Uma edição dinâmica e texto criativo deu um gás e vontade de ver mais (até rimou!). Pessoas relevantes apareceram e ganharam sua passagem para Hollywood.
A partir daí, o programa esquentou. Pela primeira vez desde que começamos a acompanhar, a maior parte de nossas escolhas estava sobrevivendo, graças aos deuses.
Também inovaram na hora de cortar as gordurinhas. Para escolher o Top 10 (que virou Top 13 com repescagem do júri), mataram 12 cantores de uma só vez, o que se tornou a maior chacina na história do American Idol.
Na repescagem, um dos meus favoritos ganhou uma segunda chance graças à minha querida J. Lo. Stefano, um garoto bonitinho com voz igualmente gracinha, está sobrevivendo. Ganhamos também Naima, a faxineira de um grande estádio que tem talento de sobra, mas faz umas escolhas esquisitas de vez em quando. Infelizmente, ganhamos também a diva que canta gritando fazendo todas aquelas firulas desnecessárias na música, Ashton Jones, salva pelo Randy, que tem um pé no brega e não arreda.
Ashton foi a primeira eliminada do Top 13. Aqui na foto ela antes da operação e depois quando virou Diana Ross |
Agora, começamos a brincadeira de verdade. Nessa semana, Naima arrebentou com uma versão de Umbrella melhor que a original, mostrando que além de estilo, sabe dançar. Paul agradou com seu jeito de “cara legal com estilo soltinho”, segundo comentário do mestre Steven Tyler.
Infelizmente, sempre acabamos comparando todo mundo com o Adam Lambert ou David Cook, que elevaram o padrão geral do programa. Artistas como estes são raros e a gente, mesmo a contragosto, tem que se contentar com a média. O lado bom é que artistas pouco flexíveis como Scotty, Pia Toscano e Paul McDonald ainda dão um show, dentro do seu nicho e com seu próprio estilo. Tem sido uma boa diversão.
O último programa foi o mais morno. Os competidores se esqueceram que estavam competindo e não pareceu que se esforçaram muito. Alguns estavam doentes. No final, ficou aquela sensação de que foi um episódio especialmente chato. Este mandou pra casa a lindinha Karen Rodriguez, que apostou em mais do mesmo e não conquistou o público, nem o americano, nem o latino. Renato disse que ela perdeu porque os latinos não sabem votar. E com essa, eu me despeço!
Karen no tempo em que fez a novela "Maria do Bairro" e hoje no American Idol. |
Um comentário:
Ninguém vai comentar isto? Eu não conheço o programa, não posso dar pitacos.
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